O
que torna uma pessoa fracassada ou bem sucedida? Por que para alguns, a estrada
se torna plana, o caminho se pavimenta e para outros há tantos acidentes de
percurso e desvios repletos de armadilhas e tropeços? Muitas respostas pueris e
sábias podem ser dadas sobre este assunto, mas gostaria de sugerir duas coisas
sobre as quais tenho refletido: Gratidão e Generosidade.
Sobre
a primeira, há uma frase clássica de Norman Vincent Peale: “Ser agradecido faz
todas as coisas melhores”. Já viram pessoas amarguradas, ingratas,
insatisfeitas bem sucedidas? Podem até ganhar dinheiro, ter sucesso
profissional e reconhecimento público, mas sua vida interior é pobre, porque
não há gratidão! Pessoas assim não vêem a vida com admiração ou benção, mas como
estorvo. O coração agradecido sabe apreciar, reconhecer o bem de Deus nas
outras pessoas e aprende a amar a vida. Chesterton afirma que “o teste de toda
felicidade é a gratidão”. Em certa ocasião ainda afirmou: “Agradeço sempre
àquele que todos os dias põe em meus sapatos um maravilhoso par de pés”.
A
outra rota do sucesso é Generosidade. O oposto da doação é a posse, o acúmulo,
o desejo de amontoar, de possuir um pouco mais. Quando não conseguimos perceber
que dinheiro e bens são uma forma de abençoar os outros, nos tornamos pobres em
nosso ser. Dar é um exercício de fé, como uma semente que se lança ao chão para
gerar vida a outras sementes; é também um exercício de superação do egoísmo, da
dependência de ter cada vez mais.
Pessoas
generosas são amáveis na sua natureza. Pessoas gananciosas e ambiciosas
tornam-se narcisistas e solitárias. Experimente doar sacrificialmente. Um velho
cântico afirma que fica sempre um pouco de perfume nas mãos que oferecem rosas,
nas mãos que sabem ser generosas.
Generosidade
é uma benção para quem dá, e uma benção para quem recebe. A história está cheia
de surpresas para quem sabe doar.
Paul
Meyers doou milhões do dólares para o Instituto Haggai, que forma pessoas do
terceiro mundo. Ele aprendeu não apenas a ganhar dinheiro, mas a usar o
dinheiro para ajudar outros. Seus pais saíram da Alemanha, no auge da 2ª
guerra, e ao chegarem aos EUA, ficaram preocupados com familiares e amigos
naquele contexto de ameaça e guerra. Seu pai, todos os mês, ia ao supermercado,
comprava coisas essenciais, fazia um fardo de alimentos não perecíveis e roupas
e enviava para estas pessoas na Alemanha, sem nunca saber se eles estavam
recebendo suas doações ou se elas se perdiam ou eram desviadas. Anos depois,
com os conflitos já pacificados, e seu idoso pai falecido, Meyers resolveu
visitar seus parentes e qual não foi sua surpresa ao encontrar pessoas que
diziam que se aqueles alimentos não tivessem sido enviados regularmente, muitos
teriam morrido de fome, porque era a ração que tinham naqueles rigorosos anos.
Quando
você percebe como seus bens podem abençoar os outros, você será inteiramente
transformado de dentro para fora. Isto traz real alegria e contentamento, que
em última instância é o grande sinal de sucesso.
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