Kinzie Sutton, uma garotinha de apenas 7 anos, filha de uma família de classe média do Estado americano de Kentucky surpreendeu familiares e amigos com sua sensibilidade e generosidade. A família havia discutido no dia anterior a situação de famílias necessitadas de sua pequena comunidade em Wayne County. Muitos haviam perdido o emprego com a falência de um estaleiro da região, e por isto resolveram se empenhar para ajudar duas famílias, mas a ajuda que buscavam de uma instituição não foi atendida e isto entristeceu toda a família: Não poderiam distribuir comidas e presentes como esperavam!
Kinzie, ao saber da notícia, abriu o seu cofre de porquinho e começou a contar todas as moedas que depositara durante todo aquele ano: três dólares e 30 centavos. Era tudo que possuía, e o ofereceu à sua mãe para ajudar aquelas pessoas.
Quando a família viu seu gesto, todos resolveram enfiar a mão no bolso e trouxeram também suas economias. Kinzie vibrava com cada moeda que conseguiam achar e ajuntar. Chegaram a 130 dólares.
No dia seguinte, colegas de trabalho dos familiares, ao ouvirem o que aquela criança fizera, também se dispuseram a contribuir, e a cada notícia da mãe que era dada ao telefone, todos se enchiam de alegria.
No final do dia, um doador anônimo decidiu que, se uma garota de 7 anos podia dar tudo o que tinha, ele devia dar, pelo menos, cem vezes o presente dela. E contribuiu com 300 dólares. O total agora era de 500 dólares.
Com o dinheiro, compraram roupas, comidas e presentes. Certamente, além de abençoarem aquela família, os maiores beneficiados foram eles mesmos, afinal, doação é uma benção para quem recebe, e uma benção para quem dá.
Nem sempre temos facilidade para doar, mas a generosidade é uma das melhores experiências para nós, muitos seriam curados emocionalmente de suas neuroses, se soubessem dividir e repartir. Jesus nos ensinou que “mais bem aventurado é dar que receber”, mas esta parece ser uma graça que poucos desejam.
Socorrer comunidades e pessoas diante da tragédia é uma prática maravilhosa, como temos visto ultimamente; mas precisamos estar atentos para, sem criar novos círculos de dependência e paternalismo, descobrir oportunidades de ajudar outros que, cotidianamente, se esforçam para viver com dignidade. Isto pode acontecer com nossos funcionários, com a doméstica, com um jovem de nossa comunidade que precisa estudar e está se alimentando mal para pagar sua faculdade. Generosidade, quando feito com bom senso e parcimônia, sempre contagia. Inclusive os nossos corações, tantas vezes distante e impessoal.
Jornal contexto jan 2011
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