quinta-feira, 20 de outubro de 2022

Risco e Recompensa

 


 

Todas as decisões envolvem riscos e perdas. Alguém apropriadamente afirmou que uma decisão é uma de-cisão, isto é, uma forma de fragmentação. Ao decidir geramos ruptura, corte, cisão. Sempre haverá risco e recompensa. Não é possível ir para a direita sem perder as oportunidades que teríamos se fossemos para a esquerda, e vice-versa.

 

Portanto, precisamos avaliar quais os riscos e recompensas em todas as decisões e atitudes. “É nos momentos de decisão que o seu destino é traçado.” (Anthony Robbins) É necessário considerar o que perdemos e o que ganhamos ao tomar determinada decisão. Podemos tomar as opções que quisermos na vida, mas as decisões trazem, em si mesmas, uma série de implicações. Trata-se de um “pacote”, com todas as consequências inerentes.

 

Uma forma interessante ao tomar decisão é considerar prós e contras. Tome uma folha de papel e escreva de um lado os aspectos positivos e do outro lado os aspectos negativos. Se você estiver tomando a decisão em família, vale a pena incluir a esposa, e em alguns casos, até mesmo os filhos. Se for uma decisão empresarial, você pode convidar funcionários e colegas para analisarem os efeitos que a decisão trará sobre os rumos da instituição e seus objetivos. Sempre haverá prós e contras. Sempre haverá riscos e recompensas.

 

Vale a pena? Muitos afirmam que é melhor pedir perdão que pedir permissão. Esta afirmação é bem perigosa, mas pode eventualmente ser válida. O problema é que muitos erros não podem ser reparados apenas com o pedido de perdão, pois trazem em si as consequências. Uma ferida que causamos em alguém pode ser perdoada, mas os efeitos colaterais disto podem jamais ser corrigidos. Dirigir o carro quando estamos bêbedos causa acidente, podemos pedir perdão, mas se houver sequelas e mortes, isto jamais poderá ser corrigido. Um ditado popular afirma: “O meu clube estava à beira do precipício, mas tomou a decisão correta: Deu um passo à frente.”

 

Entendendo como as decisões trazem riscos e recompensas, a poetisa Cecília Meirelles escreveu sobre a angustiante crise da decisão no seu poema infantil:

 

Ou isto ou aquilo:

“Ou guardo dinheiro e não compro doce,

ou compro doce e não guardo dinheiro;

Ou isto ou aquilo, ou isto ou aquilo;

E vivo escolhendo o dia inteiro...” 

 

A maior decisão da vida tem implicações psicológicas, morais, espirituais e eternas. Por isto Josué disse ao povo de Israel: ““Escolhei, hoje, a quem sirvais: se aos deuses a quem serviram vossos pais que estavam dalém do Eufrates ou aos deuses dos amorreus em cuja terra habitais. Eu e a minha casa serviremos ao Senhor.” (J2 24.15). Esta é a mais sábia e mais delicada decisão. Com grandes e eternas recompensas.

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