Hoje é quinta feira, data limite para entrega do artigo do jornal e estou no Aeroporto de Brasília. Enviei o artigo para revisão e recebi a informação de que o anexo não seguiu. Não é a primeira, e provavelmente não será a última vez que me esqueço de anexar a mensagem ao corpo do e-mail. Meu computador não veio comigo e portanto, não tenho como ter acesso ao artigo. Só me resta escrever outro, e me ocorreu falar do quanto somos dependentes da tecnologia. Estou sentindo isto na pele por não ter trazido meu computador que guarda quase todas as minhas informações.
Diante
disto surge uma indagação importante: o que aconteceria se nossos aparelhos
sofressem um shutdown? De repente não funcionassem? Como seria a vida dos seres
humanos nos grandes centros urbanos?
A
dependência da tecnologia é tão grande que ouvi uma estatística que um bom
número de adolescentes preferiria morrer que perder seu celular.
Um
amigo meu se deparou com uma situação inusitada, seus filhos não queriam ir
para a fazenda visitar os avós porque não havia internet. Meu irmão teve que
colocar uma torre de internet na sua fazenda para manter seus
funcionários.
O
vírus virtual inoculou a raça humana. Muitas famílias se assentam a mesa pra
comer mas todos estão de olho no celular. As pessoas estão conectadas ao mundo
inteiro mas não se conectam pessoalmente. Estão em todo lugar, mas não estão em
lugar algum.
Em
alguns países de primeiro mundo já existem terapeutas e clínicas para dar
suporte psicológico àqueles que estão tão viciados em internet quanto um
dependente de droga, pornografia ou álcool.
Se
você perceber que este é o seu caso, é necessário que, intencionalmente,
procure desintoxicar-se. Desenvolva alguma atividade lúdica ou lazer
que não dependa do celular ou da internet, deixe o aparelho longe de você, não
se assente à mesa com o celular do seu lado nem o leve para cama contigo. A
dependência torna-se idolátrica e a única forma de confrontar nosso ídolo
pessoal é desprezá-lo.
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