O anúncio da Quaker State
Metais Co., de 24 de Fevereiro de 1958 foi sugestivo: “Não deixe que lhe tirem
até seu cachorro quente”. Ele dizia o seguinte:
“Um homem vivia na beira da
estrada e vendia cachorros-quentes. Não tinha rádio, e nem acesso a jornais,
mas, em compensação, vendia bons sanduíches. Colocou cartazes anunciando a
mercadoria, e as pessoas paravam e compravam seu produto. Com isso, aumentou os
pedidos de pães e salsichas, começou a fazer melhorias, contratou pessoas,
investiu em maquinários, e acabou construindo uma boa clientela. Seu negócio
estava prosperando.
Seu filho, que estava
estudando na universidade veio de férias visitá-lo, e o pai lhe contou como o negócio
ia bem, como estava entrando no mercado, falou de seus projetos e investimentos
para aumentar a capacidade de servir melhor, com mais qualidade e rapidez.
Seu filho retrucou: - “Pai,
o senhor não tem ouvido o rádio? Não tem lido jornais? Há uma crise muito séria
no país e a situação internacional é perigosa! O senhor corre muito risco e pode
perder todo seu investimento por causa do aumento do dólar e das variações das commodities, aumento do desemprego,
inflação, o governo e mercado recessivo.
Ele nunca havia falar sobre
estas coisas, mas ponderou: - “Meu filho estuda na universidade! Ouve rádio e
lê jornais, portanto deve saber o que está dizendo!” Assim, cancelou o pedido
de maquinários, não contratou e não fez as ampliações e melhorias necessárias,
reduziu os pedidos de pão e salsichas e as vendas começaram a cair do dia para
a noite.
Quando alguém questionou sua
estratégia, ele disse seguro: “Meu filho tinha razão, a crise é muito séria!
Por pouco não entrei na contramão da história”.
Não é de hoje que o Brasil
vive uma onda de pessimismo e desânimo. Você deve concordar comigo sobre o quão
depressivo tem sido assistir ou ler um jornal. São tantos escândalos, notícias
estranhas, oportunismo político e casuísmo jurídico, um jogo claro de ações
onde não se considera a oportunidade de se construir um país sério, mas jogos de
poderes que parecem brincadeiras infantis de crianças com seus pais, escondendo
seu rosto atrás da cortina, deixando todo o seu corpo visível, achando que
assim não serão encontrados.
É preciso ter esperança em
meio às notícias ruins. Não se abater por causa dos desmandos, crer que é possível,
sonhar no meio do caos. O que sustenta gerações e nações é o fato de que alguns
sonhadores e lunáticos nunca deixaram de gritar: “Eu tenho um sonho!” Aqui está
a diferença entre os derrotados e os vitoriosos.
Mto bom o texto. ����
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