No programa Manhattan Connection, que foi ao ar no dia 02 de março de 2017, um dos temas discutidos foi a questão da longevidade e da imortalidade. Empresas de tecnologia de ponta como Oracle e Google estão estudando e desenvolvendo pesquisas na área da biogenética que acredita-se, poderão expandir, em muito, a qualidade e o tempo de vida do ser humano.
Este grupo de nerds do Vale do Silício, financiados por grandes grupos econômicos e financeiros, já afirma que, hipoteticamente, seria possível admitir que através de substituição de órgãos e novas drogas, que o homem poderá viver acima de 150 anos, e, até mesmo, se tornar imortal.
Sabemos que há muito de utopia nestes temas embora toda pesquisa médica seja bem vinda e desejada. A descoberta da penicilina e drogas sintéticas tem auxiliado em muito a raça humana, mas quanto à imortalidade, precisamos fazer algumas considerações:
-Vale a pena viver longamente? A que preço?
-Você gostaria de viver 150 anos?
-Existe limite real para a vida humana?
A Bíblia afirma que “os dias de nossa vida sobem a setenta anos, ou, em havendo vigor, a oitenta; neste caso, o melhor deles é canseira e enfado, porque tudo passa rapidamente e nós voamos” (Sl 90.10). Esta foi a observação clínica que o salmista fez acerca da realidade da vida em seus dias.
Em Gênesis 6.3 lemos: “Então disse o Senhor: o meu Espírito não agirá para sempre no homem, pois este é carnal; e os seus dias serão de cento e vinte anos”. No primeiro texto, trata-se de uma observação de um homem, no segundo trata-se de uma afirmação divina. No primeiro, sua percepção é que, depois dos 80 anos estamos vivendo “horas extras”. Na verdade, este parece ser o padrão observável. No segundo, há uma delimitação: 120 anos.
Cientistas afirmam atualmente que a estrutura biológica do ser humano, passa por um acelerado processo de decadência depois dos 80 anos, isto, no caso de chegarmos lá. Esta é uma dura realidade. Quantas pessoas geralmente chegam aos 90 anos em nossos dias?
Entretanto, apesar de todas estas considerações, precisamos reconhecer que o grande desafio não é, certamente, a imortalidade, mas a qualidade de vida. O segredo não é viver indefinidamente, mas viver com certas possibilidades biológicas.
Outro aspecto a ser considerado é a realidade dos limites. Sendo o homem temporal e transitório, determinados valores precisam ser cultivados e a espiritualidade se transforma em prioridade. Jesus morreu aos 33 anos, e parecia não estar preocupado demais com o fato de encerrar seus dias ainda tão jovem. Sua missão foi completa. Advertiu ainda seus discípulos dizendo: “E não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei, antes, aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo” (Mt 10.28).
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