quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Tomando as decisões corretas


Decisões tem o poder de mudar nossa vida. Para sempre. Seja para o pior ou para o melhor. O problema é que nem sempre consideramos isto quando as tomamos.
Somos livres para fazer o que queremos, mas fundamentalmente nos transformamos naquilo que escolhemos. Você não pode fazer uma opção por x e se tornar z; não pode plantar abacaxi e colher manga, ou como afirmou Jean-Paul Sartre: “Eu sou a minha decisão”. Quando tomamos uma posição, a menos que decidamos posteriormente fazer outra coisa, seremos o que escolhemos ser. Infelizmente nem sempre podemos mudar o itinerário. Algumas decisões são irreversíveis. Uma vida tirada por uma imperícia, violência, por um acidente, não pode ser restaurada. A morte é inflexível.
No Canadá existe uma rodovia, construída numa região montanhosa e de difícil acesso, com muito pouco movimento numa região quase inabitável. Bem antes de entrar nela existe muita sinalização advertindo os motoristas: “Cuidado antes de entrar nesta rodovia, porque só existe retorno daqui a 40 Kms”. 
A famosa música do Eagles, Hotel Califórnia, parece falar desta complexa situação dos hóspedes de pessoas que fazem uso daquela hospedaria, ao mesmo tempo tão atraente e tão sinistra, que muitos afirmam ser uma referência às drogas:

Espelhos no teto, a champagne rosa no gelo
E ela disse: "Nós todos somos apenas prisioneiros aqui
Do nosso próprio ardil"
E nas salas dos chefes
Eles reuniam-se para o banquete
Eles apunhalam com suas facas de aço
Mas simplesmente não conseguem matar a fera

A última coisa que me lembro, eu estava
Fugindo para a porta
Eu tinha de encontrar a passagem de volta
Ao lugar onde estava antes
"Relaxe", disse o homem da noite
"Nós estamos programados para hospedar
Você pode desocupar o quarto a qualquer hora que desejar
Mas você nunca pode ir embora! "


As decisões de hoje impactam a história, a vida de amigos, sua espiritualidade, finanças, familiares, filhos. Por isto é necessário ter cautela e prudência. A Bíblia afirma que “ o simples vê o perigo e se esquiva, mas o simples passa adiante e sofre a pena”.

Antes de andar pelas rotas sinuosas que você pretende entrar, considere os riscos. Nem todo ganho é ganho, nem toda perda é perda. Nem tudo o que reluz é ouro. Todas as maças do diabo são bonitas, mas todas têm bicho.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Como reagir a situações provocativas?




Tereza me procurou porque não sabia o que fazer com as coisas que estavam acontecendo em sua casa, especialmente no relacionamento com sua mãe, fortemente dominadora e controladora, que não gostava de ser contrariada, mas não hesitava em fazer os comentários mais diretos e ferinos em quaisquer situações.

O marido de Tereza criou ojeriza à sua mãe, e já não queria mais frequentar sua casa. As coisas ainda ficaram mais tensas porque um dia, no meio de uma discussão acalorada da família, da qual o marido sempre fugia e não participava, a mãe de Tereza se aproximou dele e lhe disse que ele deveria dizer determinadas coisas para sua esposa, e ele respondeu secamente: “as coisas que tenho que dizer para minha esposa eu digo pessoalmente e não em público”. Isto foi o suficiente para sua mãe se afastar de sua casa, e romper o relacionamento afirmando que só voltaria a conversar com ele se lhe pedisse perdão. E ele não sente que deveria fazer isto...

Sua mãe, após a morte de seu pai na mocidade, tornou-se a pessoa responsável pela casa. Ela provia, buscava recursos, orientava a vida doméstica, se tornou-se uma pessoa forte, abriu empresas com sua irmã, que era um desastre em todo empreendimento, e casou-se com um homem que decidiu, para não viver brigando, não contestar a temperamental esposa. Mas, agora, aproximando-se dos 70 anos, ela percebe que está perdendo o poder, e se tornou, segundo a linguagem de Tereza, uma mulher “má”. Ela parece fazer as coisas sem se preocupar se vai ou não ofender as pessoas. Todos os sábados ela e suas irmãs se reúnem, e as altercações são muito comuns, mas a mãe de Tereza precisa ter sempre a razão. Para não brigar, as pessoas se calam e evitam confronto.

Chegamos à conclusão de que sua mãe estava reagindo ao fato de perceber não ter mais o controle como tinha anterior. A idade estava impondo limitações. Ela queria dar tudo aos filhos, mas tendo o privilegio de coordenar suas vidas. Ela aprendeu a ser provedora, mas com isto, surgiu a variável do controle. Gostava de dar coisas à família, para assumir o domínio, e se a recompensa não vinha, assumia comportamento de vítima. Afirmava que as pessoas não a entendiam e eram ingratas, porque apesar de ter dado isto e aquilo, a família a tratava “desta forma”. Agora, próxima aos 70 anos, ela percebe que seus genros e noras, e mesmo os filhos, não se subordinavam mais ao seu jeito controlador, e na medida em que os anos passavam, ia perdendo, lentamente a força e o controle que sempre teve. Tal condição, certamente a deixava muito vulnerável, porque seu valor estava na eficiência e trabalho, que a idade estava tirando no ciclo natural da existência. Ela não estava encontrando outro valor em que se firmar. Não tinha religião, os filhos estavam se esquivando dela, seu marido criou mecanismos de defesa e  durante as discussões familiares, fingia “tirar uma soneca”, já que, próximo aos 80 anos de idade esta saída era politicamente correta. Apenas suas irmãs, ainda andavam ao seu redor, mas reclamavam constantemente da atitude da irmã, como é próprio de mecanismos e relacionamentos familiares neuróticos.

A filha não estava suportando mais a situação gostaria de ver mudanças.

Na conversa que tivemos, entendemos que ela não deveria esperar muito, porque provavelmente não veria esta transformação desejada.

Um dos grandes problemas que enfrentamos na vida é esperar que o outro mude. Em geral as pessoas não mudam. Mudanças ocorrem somente em eventos dramáticos como acidentes, tragédias, lutos, ou conversões espirituais. Fora disto, as pessoas continuam sendo as mesmas. Mudanças nem sempre são fáceis. Precisamos aprender que se alguma coisa deve ser mudada, deve ser a hermenêutica que faço dos eventos que me acontecem. Fora disto, não há muita esperança.

Na conversa, chegamos à conclusão de que quem deveria mudar era ela mesma. Tereza precisava ter outras percepções, fazer novas leituras e diferentes abordagens – diante do mesmo quadro.

Uma sugestão foi de que ela aprendesse a não se sentir ofendida pelo comportamento da mãe. Ela não poderia mais se surpreender com sua atitude grosseira, que fazia parte do cotidiano. Em outras palavras, não poderia se surpreender com o óbvio. Precisava reagir de forma diferente às atitudes da mãe. Emitir novos comportamentos e reagir de diferentes formas. Ela admitiu que foi isto que seu irmão fez para não entrar na neurose da mãe e ficar digladiando com ela.

Discutimos que o melhor tratamento em situações como esta é aquele que atinge profundamente o coração, traz arrependimento e mudança de vida, mas se isto não acontece, precisamos agir com técnicas behavioristas, na base do reforço positivo e negativo. Ela não quer se distanciar de sua família, mas está se tornando difícil porque todas as vezes surge conflito, as conversas sempre terminam em divergências, e daí em diante todos gritam e as altercações são comuns.Sugerimos que ela aprenda a fugir das situações tensas. Ela já percebeu que seu pai, foge das discussões, ora saindo para colher goiabas, mangas e laranjas na chácara, ora indo para a rede para tirar um cochilo. Pensamos que uma boa sugestão poderia ser a de seguir o exemplo de seu pai. Quando ele estivesse saindo “à francesa”, ela procurasse segui-lo. “Pai, vou contigo”. Desta forma não se distanciaria da família e tiraria proveito daquilo que de bom poderia surgir destes turbulentos encontros familiares.

Normalmente Tereza evita debates e confrontos. Muitas vezes ela vai até o limite emocional, e quando isto acontece ela perde as estribeiras e também começa a gritar e altercar no mesmo nível de sua mãe. O bate-boca torna-se inevitável. Consideramos a possibilidade dela não esperar as coisas chegarem ao extremo, mas que, se tivesse que dizer alguma coisa, respirasse fundo, medisse bem as palavras, antes de estar no limite da agressividade e se tornasse assertiva. Quando sua mãe começasse a gritar e falar alto, ela continuaria dizendo verdades, mas trazendo sua voz não para a gritaria, mas para um semitom, forçando-a a ter que prestar atenção quando ela falava. Ela nunca conseguiria disputar e agir da forma agressiva de sua mãe.

E quanto ao seu marido?

Considerei que ela seria cobrada dele não estar presente às reuniões familiares, mas que ela dissesse que as diferenças entre ele e a mãe, deveriam ser resolvida entre os dois. Que ela amava seu marido e amava sua mãe, e não gostaria de ficar entre duas pessoas amadas numa disputa de atenção. Se existiam diferenças, elas deveriam ser resolvidas com maturidade, entre eles.

Terminei reforçando o princípio:

Sua mãe não vai mudar. Você pode mudar.

Em geral, quando mudamos comportamentos, isto mudança atitudes do outro. Se exigimos mudança, o outro vai se defender ainda mais e endurecer sua posição. Se mudarmos, poderemos ter  ganhos significativos. Mesmo que o outro não mude... aprendemos a lidar com as situações que estão presentes. A verdade é que, na maioria das vezes, não podemos mudar a forma como os outros agem, nem o que fazem conosco, mas podemos determinar que o comportamento do outro não me obrigará a fazer do jeito que ele quer. “não podemos mudar a forma como as pessoas agem, mas não podemos permitir que suas atitudes determinem o que vamos fazer com aquilo que fizeram”. 


O que fazer no carnaval?




Cada um interpreta e usa o tempo que lhe é dado da maneira como deseja e consegue. Tudo depende de valores, objetivos e prioridades. Um gosta do silêncio, outro do barulho; um da solitude, outro da multidão; um da montanha, outro do vale; um do mar, outro do interior. Cada um usa o tempo como lhe agrada.
Eu já decidi. Exceto uma pequena palestra para 250 jovens reunidos em retiro neste carnaval, devo ficar em casa, acordar mais tarde, fazer leituras atrasadas, cuidar do jardim, uma caminhada mais longa e, se possível, um churrasquinho com amigos. É assim que estou pensando, e você?
A Bíblia diz que “para todo propósito há tempo e modo”. Tempo se refere à agenda que temos, como gastamos as horas do dia, os compromissos assumidos. Modo tem a ver com a forma como utilizamos, que métodos adotamos, como fazemos o que fazemos. O texto sagrado afirma que, se houver propósito, surge espaço na agenda e descobrimos os meios para cumpri-los. Sem alvos, tudo se torna mais complicado. Tempo é uma questão de prioridade e motivação, por isto não faz sentido dizer “não tenho tempo”.
O tempo é o mesmo para cada um de nós, e o gastamos como queremos. Certo rapaz trabalhando na grande cidade, nunca encontrava tempo para visitar sua família  no interior, mas um dia, em uma de suas viagens, conheceu uma moça muito atraente por quem se apaixonou. Agora, este rapaz, “super-ocupado”, viajava quase 500 kms todos os finais de semana, para a casa de seus pais. O que mudou? Propósito. Por isto a agenda, valores, prioridades mudam.
Este elemento discricionário determina como usaremos o tempo e o dinheiro que temos. Carnaval, a festa dos foliões (países nórdicos da Europa), ou o Mardi Gras, a festa carnavalesca de Nova Orleans, são celebrações típicas em culturas diferentes com  uma mesma filosofia: inverter a ordem através da sátira, dos bufões, paetês, fantasias, músicas e máscaras.
O problema é que máscaras são feitas para a brincadeira ou o ocultamento, com o objetivo de estabelecer o lúdico ou ocultar a identidade, mas não o tornam diferente daquilo que somos. Por mais que o ator se torne “colombina” ou Napoleão, e se disfarce em de “Mickey” ou de outros personagens, ele não deixará de ser o que é. Detrás da ficção, existe o personagem concreto; o avatar não substitui o real. O problema é que, muitas vezes a fantasia decide ser o real, e desta forma “a rosa púrpura de Cairo” de Woody Allen torna-se a crise entre o imaginário e o histórico.
O carnaval não é capaz de resolver problemas, nem a bebida pode curar a dor, ou drogas apagarem doloridas memórias. Portanto, pense bem no que vai fazer no carnaval, para que não assine uma promissória que você levará boa parte do ano, ou da vida, para quitar; nem dê um cheque em branco com sua assinatura, sem saber quem é o mascarado que se fantasia ao seu lado. Não tome decisões sob o efeito da purpurina para que não venha a ser consumido de remorso e tristeza.
Existem coisas que, mesmo com preço caro, podem ser restauradas. Outras, podem ser irremediavelmente perdidas, como a honra, a reputação ou a própria vida.


sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Compromisso


A geração do “amor líquido” (Zigmunt Bauman), define seus relacionamentos a partir da idéia de “ficar”, que neste caso significa, “não ficar”. É a geração do descompromisso que faz a defesa do “que seja bom enquanto dure”. Este pressuposto, contudo, começa a enfrentar sérios desafios. Por não querer pensar em compromisso e estabilidade muitas desordens afetivas tem se manifestado. Terapeutas modernos afirmam que compromisso é fundamental para saúde emocional e equilíbrio da alma. O ser humano precisa de compromissos, estáveis e duradouros. Estabilidade.

Esta é a afirmação do celebrado terapeuta Scott Peck: “Problemas de compromisso são uma inerente parte da maioria das desordens psiquiátricas... crianças não conseguem crescer com maturidade psicológica, sob o espectro do abandono” (Scott Peck, The Road less traveled). Com o advento do divórcio, do amor de pedágio e de transição, muitas e graves desordens emocionais surgiram. Precisamos de segurança afetiva.

Crianças e adultos precisam de estabilidade e previsibilidade para crescer emocionalmente, famílias disfuncionais geram muita insegurança. Precisamos assegurar aos filhos que eles podem dormir tranqüilo, porque não haverá solavancos na viagem no sono da noite, nem tsunamis emocionais pela manhã. Segurança permite que os filhos cresçam amados e confiantes.

Quando não há compromissos e afetos estáveis, surge a síndrome do “eu rejeito você antes que você me rejeite”. Isto dificulta a relação, doação e a entrega de si mesmo, afinal “gato escaldado tem medo de água fria”. Se alguém tem expectativa de que será desprezado ou abandonado, por forças da própria vivência negativa, tenderá a se desvincular emocionalmente e não se apegar a nada nem ninguém. Por esta razão muitos preferem não casar – temem a rejeição. Muitos enfrentam sérios problemas até mesmo na sua sexualidade, porque nunca se entregam por completo. Medo da rejeição.

Certa mulher, filha de uma rica família, experimentou profundo abandono na sua casa. Apesar de todo conforto o relacionamento com os pais, especialmente com a mãe, foi muito além do traumático. Seu casamento não durou um ano. Nem sexualmente conseguiu encontrar prazer. Temia o risco do compromisso. Seus pais falharam em transmitir-lhe segurança de que era amada. A idéia de entregar-se era algo muito abstrato.

Compromisso real em psicologia significa um rico e celebrativo abandono de si mesmo. Quando construo relacionamentos estáveis, com pessoas que se comprometem, que lutam para se proteger e estarem juntas, descubro que posso me entregar. Não preciso estar defensivo e amedrontado todo o tempo. Instabilidade, ao contrário,  gera medo e insegurança.

Apenas relacionamentos maduros e compromissos afetivos, poderão retirar o medo da entrega e da doação. Quando isto acontece, o medo de se aprisionarmos por assumir um compromisso, torna-se a liberdade de assumir o outro.


É isto que Deus faz ao desconfiado coração constantemente tentando se esquivar e se esconder dele. A grande verdade que Cristo nos ensinou é que entregar-se é ato de amor livre e espontâneo, que gera sentimento de aceitação incondicional e graça. Saber que somos filhos amados de Deus, apesar de imperfeitos; perdoados, apesar de nossas contradições e equívocos; filhos e não bastardos, é a experiência mais revolucionária e abençoadora da vida. As experiências de compromisso, aceitação e estabilidade que desenvolvemos nos relacionamentos humanos, são pequenos raios da maravilhosa graça que podemos encontrar em Deus, quando o descobrimos como Pai Amado. O profeta chegou a se referir ao amor de Deus como “laços de ternura”. Que figura impressionante!

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Corrigindo erros

É próprio da natureza humana “enfiar os pés pelas mãos”. Na medida em que vamos envelhecendo e conhecendo um pouco mais da natureza humana, nossa e dos outros, temos que aprender a ser mais misericordiosos – e não mais acusadores. As pessoas erram. Deliberadamente, por ignorância, por fraqueza, por cobiças e pecados.

Tenho visto pessoas sendo julgadas por erro que cometeram. É impossível que assim não seja. Nossos erros podem trazer grandes danos emocionais, financeiros, relacionais e espirituais. O preço nunca é baixo. Muitos crimes trazem penalidades desproporcionais à culpa, mas a verdade é que erros e pecados não trazem dividendos muito positivos para a vida.

O que tenho procurado fazer é nunca reduzir a pessoa que falhou a um evento. Muitos levam uma vida sensata e honesta, são referências para família e amigos, mas de repente, por um desatino qualquer, por uma sugestão luciférica, ou sua cobiça desenfreada, cometem atos vis, torpes e levianos. A sociedade não perdoa. Os comentários jocosos e maldosos virão, mas eu já decidi: Não vou reduzir a pessoa a um escorregão, a um ato impensado e impetuoso. Quero ver a pessoa no seu todo. Ela falhou, errou e é responsável pelo que fez, não dá para buscar bodes expiatórios, jogar culpa nos outros e nas circunstâncias  – mas ela é mais que este pecaminoso incidente e ato. Seu erro apenas revela sua humanidade e a necessidade que ela tem de Deus, mas não quero reduzir as pessoas ao seu deslize. Acho muito cruel com o que erra.

E quando somos nós que erramos? Qual deve ser nossa atitude?

A arrogância de pessoas que falharam talvez seja a coisa mais tola e a atitude mais adotada pela grande maioria. Busca-se álibi, projeta-se culpa, nega-se o erro, mesmo quando todos elementos apontam para o veredito de que somos culpados. Ajuda, e muito, lembrar que, o caráter, e não a reputação, é a coisa mais importante da vida. Reputação é aquilo que dizem de você, caráter é o que você é; reputação é seu esforço em se proteger e vender a imagem de “gente boa”; caráter é aquilo que você faz no escuro, quando todas as luzes se apagam; reputação é aquilo que os outros falam, caráter é o julgamento de Deus sobre você: A forma como Deus o vê.

Reparar erros envolve reconhecimento, humildade e, se possível, reparação. Infelizmente nem sempre é possível. Determinados atos desembocam em trágicas e irreparáveis consequências. Um acidente provocado quando estamos bêbados ao volante, pode matar – não há como trazer de volta a vida. Uma noitada de jogatina pode comprometer as finanças – não será fácil recuperar a perda, e a família pode ser sacrificada.


Se for possível reparar que o faça – mas se não é possível reparar, busque o perdão de Deus e perdoe-se. Remorso é uma tragédia, arrependimento é uma benção; auto condenação, uma ameaça; responsabilidade, uma virtude. Acima de tudo, lembre-se: Por pior que tenha sido seu erro, a graça de Deus é maior que tudo para reparar o caído e levantar a alma culpada. Embora seja grande o crime, o perdão é sempre sublime – e divino.