É
sempre um desafio comprar o presente adequado para as pessoas que amamos,
começando dentro de casa, para a esposa (marido), filhos, pais. Já foi o tempo
em que um carrinho de plástico, uma bola e uma simples boneca atendiam aos
apelos e desejos dos filhos. Os presentes estão cada vez mais caros e
sofisticados. Tênis custando R$ 999,00 e os tablets, Iphones, andróides
facilmente dobrando esta cifra. De fato, não está nada fácil escolher o
presente. E se você pretende comprar alguma lembrança para seus amigos, a
tarefa ainda se torna mais complicada. O que comprar?
Criatividade
é a palavra chave, mas não resolve facilmente a equação. Algumas pessoas são
criativas, mas outras são péssimas para perceber e ter o “feeling” necessário.
Conheci um marido tão frustrado com suas desastradas tentativas de comprar
presentes, que decidiu não dar mais nenhuma lembrança nas datas especiais, mas
ficava atento durante o ano para descobrir um presente, comprava e entregava
imediatamente. No entanto, esta atitude pode ser frustrante quando o outro
gosta do elemento surpresa e cria expectativas para datas especiais como
aniversários, páscoa, dia dos namorados e natal – E quem não gosta de receber
um presente nestas datas?
Dar
presente pode ser um fiasco, quando aquilo que damos não possui qualquer
ligação com o que o outro espera. Um presente mal escolhido transmite a idéia
de desatenção aos desejos do outro. Um amigo meu comprou uma bicicleta para dar
ao seu filho adolescente no natal, que era obcecado por sons, instrumentos e
equipamentos eletrônicos. Ao receber o presente, ele disse sem nenhuma
gratidão: “Isto aqui faz barulho?” O Pai voltou à loja para devolver o
presente.
Presente
é muito importante para determinadas pessoas. Algumas não ligam muito para
detalhes, mas para outros isto é questão fundamental. Quando não há sintonia
num casal, isto pode se tornar um grande problema. Muitos possuem uma linguagem
de amor conhecida como “dar e receber presentes”. Se esta é a linguagem de amor
de seu namorado (a), não se descuide porque isto pode trazer muito dissabor.
O
melhor presente, porém, não tem a ver com coisas e seu custo final. O que conta
mesmo é o valor agregado do gesto. Um presente apenas para cumprir tarefa,
desacompanhado de outros gestos e atitudes, pode não valer muita coisa. Uma
mulher recebeu um carro de presente do marido, mas o relacionamento dos dois
estava passando por uma crise pesada. Ela disse que o que gostaria mesmo, é que
ele se arrependesse de sua atitude, de sua rudeza e infidelidade, e voltasse o
seu coração para ela. O carro, um grande presente, perdeu seu excepcional
valor, por causa de outros fatores.
Um
filho pode receber o presente do sonho para a maioria dos adolescentes, com
todos os recursos modernos, e ainda assim, continuar distanciado e insatisfeito
com seus pais. Presentes não substituem presença; carícia não substitui
carinho. Uma simples lembrança num ambiente de amor causa impacto muito grande.
Nem todos têm muito dinheiro para comprar caros presentes, mas todos podemos
ter boas atitudes de amor que substituem a escassez dos recursos. Vale a pena o
princípio da Bíblia: “Melhor é um prato
de hortaliças onde há amor, que o boi cevado, e com ele o ódio”.
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