“Deus fez as dois
grandes luzes: A maior para governar o dia e a menor para governar a noite. E
também fez as estrelas. Deus pôs essas luzes no céu para iluminarem a terra,
para governar o dia a e a noite, e para separarem a luz da escuridão. E Deus
viu que tudo era bom” (Gn
1.16-18 BLH). Este é uma parte do texto da Bíblia que nos traz o relato da
criação do mundo. Ele não afirma que Deus fez a escuridão, mas fala do seu ato
criador em relação à luz. A escuridão parece existir como uma realidade
anterior à história, como um princípio ativo e presente. Logo no segundo
versículo de Gênesis, lemos: “A terra era um vazio, sem nenhum ser vivente, e
estava coberta por um mar profundo. A escuridão cobria o mar, e o espírito se
movida por cima da água” (Gn 1.2). No tempo antes do tempo, só estavam
presentes o “vazio”, o mar profundo (abismo) e a escuridão. Não fosse a
presença de Deus se movendo não haveria vida.
As
trevas estão presentes, não apenas como algo filosófico, mas também como um
princípio ético: Assim surgem os filhos das trevas. O mal estava no Éden, não
como uma realidade, mas como uma possibilidade que se materializou no “sim” do
homem à proposta da serpente. Apesar da luz ser considerada boa até pelo
próprio Deus que a criou, a humanidade decide pelas trevas e pela proposta do
antigo dragão.
Assim
surgem os “filhos das trevas” e os “filhos da luz”. As trevas recusam
transparência, fogem da clareza e desvanecem diante da luz. Muitos se recusam a
aproximar da luz porque temem a argüição que ela traz. “O julgamento é este, que a luz veio ao mundo e os homens amaram mais as
trevas que a luz, porque suas obras eram más, pois todo aquele que prática o
mal, aborrece a luz e não se chega para a luz, a fim de não serem argüidas as
suas obras. Quem pratica a verdade, aproxima-se da luz a fim de que suas obras
sejam manifestas, porque feitas em Deus” (Jo 3.19-21).
Os
filhos das trevas tentam persuadir outros a se tornarem parceiros nas suas
obras, invertendo os valores: “Ai dos que
ao mal chamam bem, e ao bem, mal; que fazem da escuridade, luz, e da luz,
escuridade; põem o amargo por doce e o doce por amargo” (Is 5.20). Não
discernir entre uma e outra realidade é uma tragédia, e isto é feito por meio
persuasivos, sofismas, argumentações filosóficas. É comum ouvirmos que o mal e
o bem são apenas dois lados de uma mesma moeda, e que existem apenas para uma
interação; que as trevas em si mesmas não são más, já que produzem um
contraponto dialético. Não se iludam: Mal é mal!
Deus
convida seus filhos a se aproximarem e agirem na luz. “Como filhos da luz, andai na luz”. Jesus afirmou: “Se, porém, os teus olhos forem maus, todo o
teu corpo estará em
trevas. Portanto , caso a luz que há em ti sejam trevas, que
grandes trevas serão” (Mt 6.23). Andar nas trevas é arriscado. “O caminho dos perversos é como a escuridão;
nem sabem eles em que tropeçam” (Pv 4.19).
Para
sairmos das trevas, é necessário aproximar da luz. Basta isto! A luz dissipa as
trevas. Jesus afirmou: “Eu sou a luz do
mundo. Aquele que me segue, não andará em trevas”. O mal, para ser
dissipado, precisa de claridade, já que ele é como o fungo e o mofo: cresce na
penumbra. Convide Jesus, a luz do mundo, para dissipar as trevas de sua mente,
seu coração, e trazer luminosidade à sua vida.
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