domingo, 9 de setembro de 2012
Independência e seus colaterais
No dia 07 de Setembro, celebra-se no Brasil o dia da independência, data sempre muito celebrada, apesar de que hoje, numa nova leitura da história, alguns destes supostos heróis como D. Pedro I, sejam extremamente questionados. Afinal, ele declara independência de Portugal, mas era herdeiro legítimo da coroa e continua governando o país. Anos mais tarde, retorna para Portugal para assumir também o trono de lá e abre mão do Brasil. Muito complicado! Por esta razão, os vizinhos do Brasil demoraram a reconhecer a legitimidade desta independência... Com razão! Independência é realmente importante para ser feito no grito, mesmo que do Ipiranga.
A independência tem seus efeitos colaterais. Um deles é a dependência. Somos uma sociedade dependente: De aprovação, aclamação, reconhecimento. Por isto se barganha valor, dinheiro, caráter, fé e dignidade. Droga não é apenas crack! Temos os viciados em poder, pornografia, presos e dominados por obras malignas, ideologias, preconceitos. Podemos incluir nesta lista os que estão viciados no álcool, internet, drogas, alimentação, e até mesmo saborosas delícias como chocolates e doces.
Existem ainda os co-dependentes. A força da co-dependência é fortíssima e refere-se a pessoas que são compulsivamente dependentes de outros. Apenas reagem a comportamentos, dores e problemas dos outros, num esforço para equilibrar o sistema, acobertar comportamentos neuróticos e manter a paz. Co-dependentes assumem responsabilidade pela ação e emoção dos outros, culpando a si mesmos pelos seus comportamentos inapropriados. Encontram ainda grande dificuldade em confrontação e freqüentemente querem ser pacificadores. Como resultado, tornam-se depositários de ira reprimida e frustração.
O cenário mais feliz é da interdependência. Todos precisam se relacionar já que ninguém pode viver sozinho. Precisamos um do outro, mas não para nossa sobrevivência, já que não somos satélites de ninguém; por outro lado, não nos relacionamos para sufocar, controlar e manipular. Existe uma troca e desenvolve-se alteridade. Isto é interdependência. É bom estar com o outro, mas não dependo dele para viver. Neste cenário surgem amizades sinceras e profundas, e criam-se vínculos de amor e respeito.
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