Um provérbio antigo afirma que daqui cinco anos você será a mesma pessoa, exceto pelos livros que você ler e pelos amigos que você encontrar. Portanto, ter um bom livro ao lado e bons amigos certamente fará toda diferença.
Existem bons e maus conselheiros para a vida. Saber escolher quem nos influenciará é uma virtude que, infelizmente, nem sempre possuímos. O que orienta nossas vidas pode nos levar para um novo e mais alto patamar ou para a mais profunda depressão e desânimo. Portanto, é sempre bom refletirmos sobre quais têm sido nossos conselheiros. O que orienta, de fato, nossas vidas?
Para começar, temos de nos lembrar de três péssimos conselheiros. Infelizmente, muitos permitem que eles dirijam suas vidas. São eles a culpa, o medo e a ira.
A culpa é mortal. A revista Time publicou um artigo em 19/12/1960 falando do horror que afligia o major Claude Eatherly, responsável por atirar a bomba atômica sobre a cidade de Hiroshima - que exterminou e mutilou cerca de 200 mil pessoas.
Eatherly era acometido de neurose com manifestações psicóticas e por isso foi dispensado da aeronáutica americana. Ele jamais recuperou a saúde. Vivia atormentado pela culpa e pela raiva contra o sistema e contra os responsáveis que lhe delegaram esta tarefa de efeitos tão infames.
O medo é outro inimigo brutal. Filósofo americano, Henry David Thoreau sempre
defendeu que o medo era a causa da ruína humana. Em sua opinião, "o que o homem pensa a respeito de si mesmo, determina, ou melhor, revela o seu destino." Quando o homem é dominado pelo medo, ele perde a capacidade de criar, ousar e de se aventurar.
O medo ameaça e inibe os sonhos. Leva o ser humano a uma paralisia de ação, pois sem risco e ousadia nada de relevante será construído. Estejam certos: o medo é outro mau conselheiro!
Por último, podemos falar da ira. O psicológo americano Rollo May afirmou que o ódio ou ressentimento são muitas vezes a única arma de que a pessoa dispõe para não suicidar psicologicamente. "O escravo dominado, só reserva o direito de odiar. Não são sentimentos louváveis em si mesmos. São emoções destrutivas e é sinal de maturidade transformá-los em emoções
construtivas”, escreveu na obra O Homem à Procura de Si Mesmo.
A cascavel quando se vê acuada fica tão enraivecida que chega a morder-se. É exatamente o que acontece quando alimentamos ódio e ressentimento: ferimos a nós mesmos. Quando remoemos rancores e ódios, julgamos estar prejudicando os outros, mas o mal mais profundo é contra nós mesmos.
Um antigo ditado britânico diz que aquilo que te faz irar é o que te controla. “Inimigos não são os que nos odeiam, mas aqueles que nós odiamos”, já teria dito o filósofo e escritor ucraniano Dagobert D. Runes. Por isso a Bíblia nos diz: “deixa a ira, abandona o furor... certamente isto acabará mal.”
Ler bons livros e ter bons amigos é uma dádiva celestial porque eles nos ajudam a fazer boas escolhas. Que sejamos sábios nas escolhas que fizermos neste novo ano e que a culpa, o medo e a ira não sejam conselheiros quando tivermos que tomar nossas decisões.
Nenhum comentário:
Postar um comentário