sábado, 19 de março de 2022

A Tragédia da Guerra



 

A Europa não enfrentava um conflito de proporções tão catastróficas desde a 2°Guerra Mundial e este cenário mudou com a invasão da Rússia na Ucrânia. Os motivos são os mesmos: nacionalismo extremado, desejo de supremacia e poder, vaidade e prepotência de líderes narcisistas e, como pano de fundo, razões econômicas.

 

A dissolução da União Soviética ocorreu em 26 de dezembro de 1991 e foi resultado da declaração nº. 142-Н do Soviete Supremo da União Soviética. O documento reconheceu a independência das antigas repúblicas soviéticas e criou a Comunidade de Estados Independentes. Nessa época, a Rússia perdeu grande parte da influência que manteve o mundo em suspense durante a Guerra Fria. Agora Putin, uma figura desafiadora e polêmica no exercício do poder, parece estar disposto a avançar pra reconquistar os terrenos perdidos.

 

A guerra traz graves danos à economia. Apenas os fabricantes de armas e a indústria bélica são favorecidos porque comercializam armas, munições, tanques, aviões e navios de guerra. Por outro lado, as dificuldades na cadeia produtiva se avolumam e problemas de logística e distribuição criam ainda mais agruras.

 

A guerra é trágica também quanto aos danos materiais que provoca. Casas destruídas, pontes, estruturas e prédios inteiros ruindo, sejam eles construções modernas ou históricas. Os prejuízos chegam a bilhões de dólares, mas, o maior de todos os danos é, certamente, o das vidas perdidas. A maioria das mortes se dá entre os jovens de 18 a 30 anos. Dados oficiais mostram que a Rússia já contabiliza 498 soldados mortos e 1,6 mil feridos, enquanto fontes não oficiais falam de 6 mil mortos. Como efeito colateral da destruição, ainda há a morte de idosos, bebês e crianças.

 

O lado mais obscuro de tudo isso surge depois da guerra, nos traumas gerados: surtos de ansiedade, pânico, angústia, medo e em alguns, o famoso trauma pós-guerra. Pessoas que serão atormentadas para sempre, tanto vítimas como algozes, pela brutalidade que a guerra impõe, em si mesma, de matar sem razão.

 

A Bíblia indaga: “De onde procedem guerras e contendas que há entre vós? De onde, senão dos prazeres que militam na vossa carne? Cobiçais e nada tendes; matais, e invejais e nada podeis obter; viveis a lutar e a fazer guerras" (Tg 4.1,2). Há também muitas guerras nos corações inquietos, angustiados e atormentados. São barulhos não organizados. Há muita guerra nas famílias, disputas financeiras, luta por herança e vaidade. Há muita guerra no mercado de trabalho, na competição pelos clientes.

 

E vale lembrar que os efeitos da guerra são sempre trágicos: dores, perdas e traumas a perder de vista. Só a vaidade de governantes prepotentes justifica o absurdo da guerra. 

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