Recentemente, encontrei um conhecido professor de Educação Física em nossa cidade, que me disse o seguinte: “Eu não sei quanto tempo terei para praticar esportes, nem como será minha saúde amanhã, mas eu farei o que puder, enquanto eu puder.”
Todos certamente sentimos cada vez mais o processo de envelhecimento do corpo e ele acontece mais rapidamente do que imaginamos. Você vai praticar determinado esporte e percebe que o corpo reage mais lenta e tardiamente. É como um motor que perdeu seu poder de aceleração. Entretanto, não dá para encerrar a carreira por causa da diminuição do ritmo. Dentro do possível, é preciso mesmo fazer o que se pode, enquanto for possível.
Um antigo livro judaico diz: “Tudo que vier à sua mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças.” Não é necessário (nem possível) fazer além das forças, mas também não precisamos fazer aquém...
A tentação de acomodar é gigantesca! O corpo se mostra preguiçoso e lento. As plataformas de streaming e as redes sociais atraem. O sofá fica mais macio e surge o grande risco da estagnação. Nestas horas é necessário vencer a tentação do conforto e da preguiça. Devemos fazer “o que pudermos, enquanto pudermos.”
O corpo tem limites e impõe restrições. Parei de jogar futebol porque, ultimamente, eu tinha apenas duas alegrias em relação a esse esporte: primeira, entrar no campo e sentir a adrenalina de jogar; segunda, quando conseguia, sair do campo sem me machucar, sem distensão muscular. Mas chegou o momento em que a segunda
alegria foi se tornando cada vez mais rara. Então parei! Uma boa caminhada não me dá a mesma adrenalina do campo, mas me renova e não corro risco maior de uma contusão. Pronto.
Haverá um tempo em que terei de diminuir o tempo e a extensão da caminhada, mas tenho planos de fazer o que eu puder... enquanto eu puder.
É muito arriscado limitar o corpo antes da limitação que o próprio tempo vai impor. Não é saudável fazer menos do que é possível. Talvez essa seja a grande diferença entre idosos saudáveis e não saudáveis. Alguns decidem mexer o esqueleto e mantêm o corpo e a mente ativos.
Portanto, faça o que puder enquanto puder...
Curto
ResponderExcluire bom...
Muito obrigado. Parece que estamos assentados, frente a frente, em um lugar tranquilo e conversando sobre nós mesmos. O corpo já não responde como antes e os resultados dos exercícios trazem mais cansaço e dores do que antes mas não posso parar. Preciso continuar e só em ter esta determinação já é um um bom exercício. Continuar sempre, fazer o que puder, enquanto puder é um alvo factível e prazeroso.
ResponderExcluirÉ. Respeitar os limites do corpo é sábio. Difícil e saber qual o limite. Enquanto tentamos descobrir vamos fazendo o que puder. Obrigado pelo texto.
ResponderExcluirTudo podemos naquele que nos fortalece. O físico vai mostrando suas impossibilidades, mas o renovar das forças pelo exercício mais proveitoso nós conduz rumo à maturidade. Um abraço querido Rev. Samuel.
ResponderExcluirMuito bom. Gosto desta expressão: quem não arruma tempo para fazer atividade física, vai ter que arrumar tempo para ficar doente.
ResponderExcluirMuito bom!
ResponderExcluirExcelente, pastor! Como sempre. Pastor, Não sou chegada a poltrona ou sofá macios, prefiro mesmo, de alguma forma, agitar o "esqueleto". Sinto-me velha quando não estou disposta e o corpo pede arrêgo. Rs...
ResponderExcluirRsss..na segunda-feira eu começo..
ResponderExcluirÉ verdade! O antigo Livro Judaico, mais precisamente em Is 40.8, nos esclarece que a vida criada é frágil e débil, e acabará se extinguindo! Então, devemos fazer "o que pudermos, enquanto pudermos". Muito bom!!!
ResponderExcluirExcelente! Precisamos sim estar sempre exercitando o nosso corpo. Uma mensagem abençoada que nos alerta à tempo sobre uma decisão das mais importantes da nossa vida. Valeu Pastor Samuel
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