Esta é a mensagem que o veterano Jornalista Charles Groenhuijsen, de 67 anos (quarenta de profissão), deu recentemente numa entrevista. Ele afirma que o fato de nunca darmos boas notícias tem sido um erro dramático e revela porque acredita que temos razões para sermos otimistas.
Ele afirma que o jornalismo deveria estabelecer uma perspectiva a longo prazo e que as notícias deveriam ser vistas como um espelho. Segundo ele, as pessoas deveriam ver o que realmente é o mundo, mas elas não estariam conseguindo por causa das notícias sempre negativas. O que elas veem é uma imagem embaçada, sempre revelando o lado negativo da vida.
Groenhuijsen afirma, ainda, que ser pessimista acerca do mundo é uma escolha, assim como o é ser otimista. Quando contemplamos o lado bom, isso nos dá energia para nós mesmos e para as próximas gerações. Ele se diz otimista porque olha os fatos: “É simplesmente inacreditável o que temos alcançado enquanto humanidade”. No entanto, o que estaríamos vemos todo o tempo é uma quantidade imensa de barulho. E as “breaking News” são sempre trágicas!
O jornalista holandês nos convida a olhar a vida contemplando as revoluções silenciosas acontecidas na história e cita alguns exemplos, como o declínio da pobreza extrema. “É inimaginável o que temos alcançado nos últimos 30 anos... mais de 100 mil pessoas, diariamente, têm saído da pobreza extrema.” Outro exemplo é o da mortalidade infantil: “Desde 1990, temos reduzido a morte de crianças pela metade”. Quanto à expectativa de vida ele aponta: “Em 1960 a expectativa era de 52.6 anos e hoje é de 72 anos. Mas as pessoas, infelizmente, não ouvem estas notícias."
Para Groenhuijsen, esse tipo de informação é como a educação de filhos. E ele nos leva a refletir por meio de um exemplo prático: o comportamento dos pais de sempre apontarem os erros dos filhos resultando em pessoas negativas e violentas. “Assim tem sido o jornalismo ao afirmar que amanhã será pior, mais difícil... A sociedade encontra-se assustada e mau humorada por causa das notícias que ouvem e isso tem terríveis consequências nas escolhas políticas. As más notícias tendem a amplificar as coisas ruins, enquanto deveríamos amplificar as coisas boas, sem esquecer as ruins. Desta forma teríamos um maior equilíbrio, já que, infelizmente, as notícias são tão pessimistas. Se as notícias apontassem para coisas positivas, teríamos um mundo melhor”, afirma.
Pensando em todas as afirmações de Groenhuijsen, refleti sobre o significado da palavra Evangelho. Sabe o que ela significa? Literalmente: Boas Novas. Foi assim que os anjos anunciaram o nascimento de Jesus: “Não temais! Eis que vos trago boas novas de grande alegria. É que hoje vos nasceu na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor.” Estas grandes notícias que vêm do céu, trazem-nos alento, esperança e conforto em meio ao mau humor das informações, que infelizmente, são sempre ruins porque os meios de comunicação, politicamente, acham que assim é que devem fazer.
Lamentável!!!
Vi este comportamento de "copo meio vazio" quando morei na França. E é impressionante como isto se reflete no comportamento dos adultos franceses. Eles tem medo de tomar decisões, sempre buscam esgotar a análise para que a decisão saia sem risco. Desta forma perdem o "timing" pois demoram a decidir. Também temos uma certa "vergonha" em compartilhar bençãos (acredito que isto venha de uma origem católica da sociedade....não se pode ter prosperidade....parece um pecado) e também em nos alegrarmos com as bençãos de amigos e parentes. Que momentos de alegria estamos perdendo, não é ?
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