Por que será que Deus, quando quis se tornar gente e assumir a forma de um bebê decidiu que precisava de uma mãe para seu cuidado. O Deus auto-suficiente demonstra que nem ele mesmo, ao se tornar humano poderia viver sem mãe sem mãe. Mãe não é acessório, mas é essencial.
Minha esposa afirma que tem muito pouca memória dos anos em que nossos filhos eram pequenos, ela se lembra bem deles, mas não se lembra muito de si mesma, e a conclusão é óbvia: mãe está tão absorta em cuidar dos filhos que se esquece de cuidar de si. Está tão concentrada em prover, atender e proteger que não tem muito tempo para pensar em si mesma.
Esta é a saga materna.
Ser mãe é aventurar-se para além de si mesma. É “co-fundir-se” numa relação simbiótica com o ser que dela nasceu. É uma entrega plena, num projeto de vida que a transcende. Ser mãe é sair de si mesma para dar lugar a um outro, tão surpreendente, que decide tomar todo espaço que era dela mesmo para alguém que é tão novo, e que agora é tão seu. Ser mãe é transcender-se nesta dinâmica de gerar, cuidar e abençoar.
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