terça-feira, 4 de agosto de 2020

Dark

3 fatos que você precisa entender antes de ver “Dark” | Super

Dark é uma premiada websérie alemã de drama, suspense e ficção científica criada por Baran bo Odar e Jantje Friese e distribuída pela Netflix. Seu conteúdo é filosoficamente pesado e “sombrio” como o próprio nome sugere e a obra trabalha conteúdos existencialistas todo o tempo.
O cerne da discussão é o “tempo”, que parece afligir a todos profundamente. Este é o inimigo central da trama e os personagens tentam controlá-lo, mas sempre esbarram em seus limites, já que os autores abordam o tempo numa linha fatalista e determinista. “O começo é o fim e o fim é o começo”. Há uma mão invisível e cega, uma força estranha que move a história e eles não têm como detê-la.
A cada instante, os personagens viajam no tempo tentando reparar erros cometidos, mas se deparam sempre com a força invisível e esmagadora do tempo e das decisões tomadas no passado. Eles lutam para solucionar o nó, mas tudo é vão. Quem sempre ganha de forma implacável é o tempo.
A alternativa: “Você não consegue entender as coisas até que entenda a terceira dimensão”. Numa referência clara ao Cristianismo, eles afirmam que há “uma linha vermelha que percorre toda história”. Esta é a visão cristã. Em todos os livros da Bíblia, a ideia do sacrifício do Cordeiro de Deus que foi morto encontra-se presente. Seria isso algo intencional?
Pela incapacidade de lidar positivamente com o tempo, os personagens se alternam e agem de forma diferente em cada momento de suas existências. Quando são jovens apaixonados, estão constantemente tentando fazer o que é imediato e evitar o futuro. Quando estão na meia idade, procuram meios para consertar os erros. Na velhice, tornam-se cínicos e querem destruir tudo, não dizem a verdade e tentam manipular os mais jovens com ameaças e medo.
Há um “nó” representado por uma cadeia simbólica da eternidade e por uma “triqueta”, com três lados iguais, apontando para a história como um todo. A solução existencialista é angustiante. O paraíso sugerido como uma possibilidade, não existe. Ao invés de encontrar o paraíso, eles encontram a destruição, o niilismo (vazio, nada), opção angustiante para o cético. Há uma pessimista visão de mundo e tudo acaba no aniquilacionismo (ausência de vida depois da morte). Não há esperança, não há fé, não há Deus. Não há governo. Apenas o vácuo!
Visto pela perspectiva do Cristianismo, temos similaridades e contrapontos. O vácuo existencial e a questão do tempo, implacáveis! O desejo humano de consertar a errônea história, mas se contrapondo à impotência de mudar as consequências das escolhas morais. Há ainda o desejo de construir uma nova realidade. O paraíso é esperado, mas o que se encontra é o nada.
É, de fato, uma versão profundamente diferente da perspectiva cristã. Ela aponta a história em um desfecho de amor dado por Deus, que, por meio de Cristo, nos dá livre acesso a uma realidade de esperança: novos céus e nova terra!

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