Nestes modorrentos dias de final de ano, quando os corpos são marcados pela indisposição para o trabalho duro, assisti fascinado a sérieThe Planet Earth, que descreve a natureza em seus inimagináveis e esquecidos aspectos. A série é composta de 11 episódios, levou cinco anos para ser produzida e é o mais caro documentário da natureza produzido em parceria com a BBC de Londres e sendo a primeira filmagem sobre este tema realizada em high definition. Foi realizada por 71 operadores de câmeras em 62 países, abrangendo pântanos, cavernas, montanhas, geleiras, indo da Cordilheira do Himalaia às profundezas do oceano. Uma viagem inesquecível pelo majestoso planeta terra.
A palavra chave para tudo que vi é encantamento. Existe um número infindável de coisas que não se pode medir e que não se pode enxergar. Basta um olhar atento no macrocosmo. Como medir as galáxias? Segundo a ciência, o diâmetro do universo observável é de 93 bilhões de anos-luz. Se fossemos capazes de viajar na velocidade da luz (300.000 km/s), este seria o tempo necessário para percorrer esse espaço descomunal. O Planeta Júpiter tem 2,5 vezes a massa de todos os outros planetas em conjunto, todavia é muitíssimo menor que o sol, que pode abrigar 1.330 Júpiter (es) e é considerado uma estrela de quinta grandeza.
Considere agora o microcosmo. Nunca seremos capazes de ver aquilo que é pequeno demais. O átomo, cujos diâmetros tem aproximadamente um décimo de bilionésimo de metro, está muito além do alcance do microscópio. Como imaginar que apenas no globo ocular do ser humano existam cerca de 100 mil veias?
É impossível, considerar todas estas coisas sem sermos possuídos por um senso de majestade, encantamento, assombro e mistério. A natureza é surpreendente.
Este mesmo sentimento de grandeza impactou o rei Davi ao compor o Salmo 8: “Eterno, majestoso Senhor. Teu nome é famoso em toda terra...quando contemplo os teus céus, escuros e imensos, tua joia celeste feita à mão. Lua e estrelas incrustradas no devido lugar, olho para mim e me pergunto: Por que te importas conosco? Por que olhas uma segunda vez para nós?”.
Nos anos sessenta, Yuri Gagarin foi um dos primeiros a conseguir fazer uma viagem espacial completa. Em 1961, Nikita Khrushev afirmou numa reunião do Politburo: “Gagarin voou ao espaço, mas não viu Deus ali”. Posteriormente, Armstrong, astronauta cristão e primeiro homem a pisar na lua teria afirmado: “Andei no espaço, e vi Deus em todos os lugares”.
Brennan Manning, escritor católico, ao visitar um amigo e velho sacerdote, ouviu dele: “Nunca desejei prestígio, popularidade ou riqueza, mas sempre roguei a Deus que eu nunca perdesse o senso de assombro e encantamento”. Talvez es seja tauma das coisas mais fantásticas da humanidade: “Senso de humildade e encantamento!”. A vida é rica em detalhes e grande no seu propósito...
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