quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Sabedoria Judaica

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Existem coisas que só culturas milenares conseguem elaborar. Pesquisas científicas, gráficos e análises modernas feitos por sistemas parecem não discernir tais verdades, ou ficam no campo da superficialidade. Por esta razão, culturas ancestrais que foram desprezadas começam a ser ouvidas novamente, existe um certo senso de busca da sabedoria dos povos antigos, ouvir tradições, ler textos antigos.

Recentemente, uma publicação de autores brasileiros, William Douglas e Rubens Teixeira, “As 25 Leis Bíblicas do Sucesso”, fizeram muito sucesso. Eles se propuseram a “usar a sabedoria da Bíblia para transformar carreira e negócios”. Não parece meio sem sentido? No entanto, já haviam sido vendidos mais de 120 mil exemplares em 2012, certamente o número já é muito superior a isto.

Luiz Felipe Pondé declarou que, apesar de ser ateu, está cada vez mais fascinado com a sabedoria judaico-cristã. Resgatar alguns destes princípios e viver de acordo com eles, podem revolucionar a trajetória de vida. Precisamos lembrar que a verdade não está no novo nem no velho, mas no eterno. Bons princípios e legados transcendem gerações, culturas e línguas. Um princípio sólido permanece para sempre, o que é palha se dispersa. Por isto é que boas músicas, receitas e temperos nunca perdem o prazo de validade.

A sabedoria judaica é repleta de pérolas valiosíssimas, vindo das tradições talmúdicas e dos escritos sagrados: Torah, Hokma e Nabiim (Lei, Sabedoria e profetas), hoje gostaria de pincelar uma antiga tradição sobre um assunto que geralmente interessa muito ao homem capitalista do Século XXI, e que contraria algumas das teses tolas de acúmulo que o capitalismo selvagem ensina. Você não precisa concordar com elas, mas vale a pena, pelo menos, refletir:

Primeiro, Faça dinheiro – Dinheiro não surge espontaneamente nem nasce em árvore, é necessário inteligência e habilidade, descubra como o dinheiro pode surgir (sem que você tenha que falsificar notas...) Trabalho, diligência e criatividade sempre foram elementos positivos para que o dinheiro se torne uma realidade. A Bíblia fala que “pela muita preguiça desaba o teto do displicente”.

Segundo, Guarde – Não gaste tudo. É necessário se planejar para os dias difíceis, épocas de secas e geadas. Nem sempre é possível ganhar, existem épocas de perdas. Algumas colheitas são prósperas, mas muita semente deixou de produzir por condições instáveis da natureza. A Bíblia recomenda para que observemos o comportamento das formigas, que na época da sega, colhem, sabendo que virá a época de chuva e neve.

Terceiro, doe! – Isto parece um contrassenso, mas já observaram que culturas prósperas sempre foram generosas? A cultura do acúmulo, dificulta que os outros também ganhem. A natureza é rica e pródiga, capaz de abençoar a todos. Usura, ganância excessiva, abuso dos ricos e a exploração sempre se transformam em bumerangues com o passar dos anos, e os efeitos costumam ser terríveis. Uma nação de pobres não tem paz, uma cultura oligárquica e avarenta massacra as pessoas e gera desatinos sociais. Deixe os outros ganharem. Esta é uma boa regra!

Faça o dinheiro trabalhar por você, aplique! – Não apenas trabalhe, mas coloque seus recursos a seu favor. Existem pessoas com grandes capitais sem usufruir do potencial econômico que possuem, não sabem colocar os bens para frutificarem. Jesus conta a história de um homem que recebeu seu talento (uma medida monetária judaica), e o enterrou na terra. Deus o censura dizendo: “Por que você não colocou, ao menos, o dinheiro na mão dos banqueiros, para que quando eu viesse eu recebesse com juros?”

Esta é parte da sabedoria judaica. Não é difícil imaginar porque se tornaram uma nação tão próspera... 

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