A palavra procrastinação significa
adiamento de uma ação, deixar
para amanhã o que deve ser feito hoje. É o gordo que deseja fazer regime, desde
que comece amanhã. A velha mania de deixar tudo para
depois, de postergar compromissos que precisam ser realizados hoje.
Um exemplo simples é a tarefa dada
a um funcionário e que deveria ser entregue na semana, mas ele deixa de lado e
só a realiza na última hora ou quando surge muita pressão, e eventualmente discussões,
bate-bocas e acusações.
Normalmente procrastinamos naquilo que dá menos prazer ou nas
tarefas que não gostamos de realizar. Eventualmente estas tarefas são as mais necessárias
e prioritárias e não raramente ficamos estressados com a lembrança de que
aquilo deveria ser feito, ou com o papel que precisa ser assinado e que não sai
da mesa, ou na tarefa de hoje que insistimos em deixar para amanhã.
Tarefas assim, cansam e geram
estresse. Em geral elas são mais complicadas e pesadas na nossa mente que na
realidade. E assim, vivemos sob pressão porque “ontem dissemos que tomaríamos uma
posição que mudaria a vida no amanhã”.
Martinho
Lutero conta uma elucidativa história a este respeito:
Certo dia, nas profundezas dos infernos, houve uma grande reunião para a qual, satanás convocou todos os seus diabos. E, reunidos, ele mostrou sua preocupação com o progresso da fé entre os homens e pediu sugestões aos chefes de suas hostes.
Certo dia, nas profundezas dos infernos, houve uma grande reunião para a qual, satanás convocou todos os seus diabos. E, reunidos, ele mostrou sua preocupação com o progresso da fé entre os homens e pediu sugestões aos chefes de suas hostes.
Um
deu a opinião de que era preciso desencadear o ateísmo e desmoralizar a crença
em Deus. O príncipe das trevas trovejou furioso: “Não vês que não dá resultado?
Isso é uma crença já por demais arraigada na mente do homem, não serve”. O outro sugeriu: “O melhor é desmoralizar as transgressões e insinuar aos homens que não existe essa coisa chamada pecado, tudo é
lícito, assim o homem se perderá mais cedo do que se espera”. Satanás replicou furioso: “Também não serve,
os homens tem experimentado os efeitos da bebida, da luxúria, do crime e tem se
dado muito mal, já estão ficando escaldados, enquanto isso, espalha-se pelo
mundo a legião de pregadores da salvação, isto também não serve”.
Levantou-se um diabo novo, tecnocrata,
bom burocrata e planejador reconhecido e deu uma sugestão: “O melhor que
faríamos não é nada disso. Deixe-se a crença em Deus e os percalços que os pregadores
levantam contra o pecado. Vamos dizer ao homem que tudo isto é muito certo, mas
que não se apressem, não precisam correr para a salvação. A demora é uma arma.
Tudo a longo prazo! “
Estrugiu pelas abóbadas das profundezas
infernais um estrondo de aplausos pela genial ideia da demora em retornar a
Deus.
Aí está o perigo: O estágio, a demora, a
tardança. Daí a insistência do profeta: “Buscai o Senhor enquanto se pode
achar”. Não se pode adiar aquilo que é urgente. Os gregos diziam que a
oportunidade é um cara cabeludo na frente e careca atrás.
Procrastinar o que é essencial, traz graves
danos à alma.
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