Três dias antes do Dia das mães, um homem
idoso telefonou para seu filho que morava numa cidade distante dizendo: “Eu
odeio estragar o seu dia, mas eu preciso lhe dizer que sua mãe e eu estamos
divorciando – após quarenta e cinco anos de miséria no nosso casamento, acho
que foi mais que suficiente”.
-“Pai, do que o senhor está falando?” Seu
filho lhe perguntou, alarmado com a notícia.
-“A verdade meu filho, é que não conseguimos
mais sequer ver a cara do outro”, disse o pai. “Nós adoecemos. Sinto muito
falar sobre isto, mas vou ligar também para sua irmã e comunicá-la”.
Tão logo o pai ligou para a filha, que vivia também
em outra cidade, ela explodiu:
-“Eu não admito que isto esteja acontecendo,
eu vou pessoalmente ai para conversar sobre este assunto. Não faça nada até eu
chegar, vou ligar para meu irmão e iremos amanhã para estar com vocês. Não faça
nada até a gente chegar”.
Após desligar o telefone, o velho pai
voltou-se para sua esposa e disse: “-Eles estão vindo para passar o dia das
mães conosco e estão pagando suas passagens. Agora preciso pensar o que preciso
fazer para que eles venham também no Natal”.
Ao entrar em contacto com esta estória, fiquei
me perguntando porque precisamos permitir que as coisas cheguem ao extremo para
que possamos fazer alguma demonstração de afeto? Porque nossos casamentos
precisam chegar ao limite para que saiamos desesperados para demonstrar que
amamos? Porque nossos pais precisam adoecer para priorizarmos tempo para estar
com eles? Porque nossos filhos precisam se envolver com drogas e com
comportamentos estranhos e pecaminosos para que comecemos a dar atenção às suas
necessidades?
Um líder de nossa igreja em Brasília tinha
três filhas. Eles moravam a 23
Km da igreja, e no sábado, com atividades de crianças,
pré-adolescentes e adolescentes em horários distintos, chegava a vir três vezes para trazer e levar
as filhas. Quando eu perguntei se não era cansativo demais, ele me respondeu
que cansativo seria buscar filha drogada e na balada, às três horas da manhã,
participando de festas e bailes que ninguém sabe o que acontece lá dentro, e
que ele trazia prazerosamente suas filhas à igreja, para que não tivesse que
buscá-las em ambientes pesados na sua mocidade.
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