Julio A. Ferreira, renomado conferencista presbiteriano afirmou que a Bíblia é a mãe das heresias. Sua afirmação causou espanto e ele a justificou da seguinte forma: “Pessoas mal intencionadas com uma atitude tendenciosa podem isolar textos bíblicos e fazer as mais esdrúxulas declarações”. Por exemplo, se lermos apenas a primeira afirmação do Sl 14.1 isolando-a do seu contexto, veremos a seguinte afirmação: “Não há Deus”. Embora a frase completa seja: “Diz o insensato no seu coração: Não há Deus. Corrompem-se e praticam abominação”.
Quem diz que não há Deus? O insensato. Este termo na verdade é um eufemismo para a tradução mais crua do termo Nabal (no hebraico), que significa uma pessoa com alterações no seu juízo epistemológico e racional. Só o louco pode dizer em seu coração que não há Deus.Não há Deus! Por que os homens querem tanto provar que Deus não existe? A Bíblia não tenta justificar a existência de Deus, antes começa sua narrativa com o fato da existência de Deus. “No princípio criou Deus os céus e a terra” (Gn 1.1). Não há preocupação ou tentativa de se propor a existência de Deus, de dar argumentos ontológicos, filosóficos ou teológicos sobre a existência de Deus. Deus não precisa ser provado, sua ausência é que desafia muitas pessoas a tentarem provar que Ele não existe.
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