Você gostaria de desaparecer?

 

Quem nunca pensou em desaparecer um dia? Pegar um ônibus, viajar quatro dias para Manaus. Depois pegar uma balsa e viajar sete dias em meio aos rios famosos do Amazonas ou, quem sabe, ir para o Oriente Médio, Europa, para uma das ilhas do Caribe? “Me levar para um passeio, sem pisar o pé no freio, sem pensar no fim" é a música conhecida de Flávio Leandro.

 

A fuga é uma hipótese sempre levada em consideração quando atravessamos crises, angústias, perseguições, divórcio, falência, luto, etc. Muitos que integram as estatísticas dos desaparecidos podem, sim, fazer parte do grupo dos desiludidos ou mesmo do grupo de pessoas que, em busca de uma aventura radical, tenta construir uma nova identidade, um avatar. Elas, simplesmente, buscam um jeito de desaparecer.

 

No Japão, a prática é bem mais comum do que em outros países e acontece há décadas. Japoneses pagam para sumir e começar uma nova vida sem deixar rastros. Esse aspecto cultural é tão conhecido que gerou o movimento chamado jouhatsu (evaporação). Nele, os adeptos escolhem desaparecer e abandonar o estilo de vida, a casa e a família que têm. A ideia é trilhar um novo caminho sem olhar para trás.

 

As motivações que levam à "evaporação" geralmente são negativas: desilusão amorosa, questões financeiras, conflitos familiares ou dificuldade para corresponder às expectativas da família. Cerca de 100 mil pessoas fogem de suas casas sem deixar vestígios todos os anos.

 

No Japão é mais fácil “evaporar” do que em outros países porque a privacidade do japonês é um fator inegociável e isso dificulta eventuais buscas. Eles podem sacar dinheiro em caixas eletrônicos sem serem descobertos e os membros da família não podem requerer as filmagens legalmente. As autoridades não se envolvem nesses casos, a não ser que suspeitem de algo grave.

 

Há até mesmo ajuda profissional de empresas que planejam a fuga, como a conhecida Yonigi-ya - cujo nome significa "fugir à noite". A empresa planeja o horário de mudança adequado e analisa se o tempo de movimentação é suficiente para evitar o perigo de ser descoberto. Como parte do pacote, oferece transporte e hospedagem,locomoção e acomodação para que o cliente não seja encontrado, nem rastreado. Os valores cobrados variam de 450 a 2.600 dólares.

 

E você, gostaria de desaparecer? Quando o rei Davi estava sendo perseguido pelo seu filho Absalão, desabafou: “Quem dera eu tivesse asas como a pomba, voaria para longe e encontraria descanso. Sim, fugiria para bem longe, para o sossego do deserto. Sim, eu me apressaria em escapar para um lugar distante do vendaval e da tempestade.” (Salmos 55.6-8) É muito importante lembrar que fuga nunca foi uma opção inteligente. Nosso passado nos acompanhará, sempre. Então, o melhor caminho é enfrentar a dor e a frustração, procurar ajuda e superar a crise... Se depois disto, resolvido o problema do coração, você ainda quiser fugir... pode ser interessante.

 

Ter fé faz bem ao coração

 

Não é uma notícia nova, e nem causa surpresa o que as recentes pesquisas têm afirmado: Sim, de fato a espiritualidade pode influenciar a saúde. A fé não substitui remédios, mas é um poderoso aliado quando se trata de equilíbrio do corpo e da mente.

 

O poder da fé é essencial na recuperação do paciente. Sem fé não é apenas impossível agradar a Deus, mas dificulta tremendamente a saúde. A fé em Deus, influencia o bem-estar físico e mental e a cura de enfermidades.

A fé possui uma relação muito forte em quase todas as áreas da vida. Ter fé faz bem ao corpo e ao coração. Jesus foi muito enfático na importância da fé. Certa vez ele encontrou uma mulher hemorrágica que ao tocar em suas vestes foi curada e Jesus afirmou: “Mulher, a tua fé te salvou. Vai em paz.” No seu diálogo com o centurião romano ele afirmou: “Nem em Israel encontrei fé como esta”, e curou o seu servo. A fé dos homens que desceram o paralítico é um episódio bíblico descrito em Marcos 2.1-12. Quatro homens trouxeram um paralítico em uma maca para Jesus, mas não conseguiram levá-lo até ele por causa da multidão. Então, abriram um buraco no teto e desceram o homem na maca, bem na frente de Jesus. Ao ver a fé dos homens, Jesus disse ao paralítico: “Filho, seus pecados estão perdoados”. Em Atos 14.8-11, Paulo viu um homem paralítico desde o nascimento sentado em Listra e, vendo que ele tinha fé para ser curado, disse-lhe em voz alta: "Levanta-te direito sobre teus pés". O homem saltou e andou. 

 

Todos as pesquisas modernas corroboram com estes textos bíblicos.

Pesquisadores da Universidade Harvard nos Estados Unidos, são categóricos ao afirmar que considerar a fé do paciente é uma forma de perceber sua integralidade. Espiritualidade está associada a menor risco de doenças cardiovasculares, controle da pressão arterial, estresse, ansiedade e depressão. Por isto a fé deve ser incorporada ao cuidado com a saúde, tanto no tratamento quanto na prevenção.  

 

Outro aspecto importante é que a participação em comunidades espirituais e religiosas está vinculada a vivências mais saudáveis, maior longevidade, menos proporção à depressão, uso de droga e suicídio. A religião é uma prática na qual as pessoas se esforçam para fazer contato com algo que não é visível nem tangível, até porque nem tudo nessa vida é passivo de uma explicação exata. A fé otimiza esperança e afeta a resposta o tratamento, tanto em termos de qualidade de vida como sobrevivência.

 

Em Provérbios, um dos livros da Bíblia que faz parte da sabedoria judaica afirma: “Sobretudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procede todas as fontes da vida.” Um coração em equilíbrio com a vida e à natureza, tem grande efeito sobre a saúde. Estamos vivendo uma época de grande preocupação com o corpo, academia, mas não adianta ter um corpo sarado, se somos desatentos à nossa alma, coração e espiritualidade. É necessário equilíbrio. Solidão, amargura, ódio, medo, desesperança, mata mais que colesterol e diabetes. Ter fé faz bem ao coração. Precisamos integrar corpo, alma e espírito, numa unidade que revela a inteireza daquilo que significa natureza humana.

 

O sucesso de ontem não garante o sucesso de hoje

 

Durante a mocidade ele se destacou como estagiário em uma multinacional pelo seu grande potencial, competência, engajamento e compromisso. Uma bolsa de estudo sanduiche para um treinamento fora do Brasil por seis meses, ampliou ainda mais sua capacidade. Ao retornar, a empresa o convidou para fazer parte do seu quadro de funcionários. Por sete anos, teve uma carreira ascendente até ser enviado para fora do Brasil para a sede da empresa na América Latina. Sua carreira estava decolando, mas a saída do país não foi positiva. Colocado em outra função ele não conseguiu se destacar, entrou em rota de colisão com seu novo chefe e 7 meses depois estava demitido. Apesar de seu sucesso anterior, ele agora entrava na lista dos desempregados.

A verdade é que o sucesso de ontem não garante o sucesso de hoje. O sucesso é efêmero, a sociedade, tecnologia e os mercados estão em constante evolução. O que funcionava ontem pode não ser eficaz hoje. Poucas coisas são tão desastrosas quanto tentar resolver os problemas de hoje com as respostas de ontem. A concorrência é cada vez mais acirrada, exigindo que as pessoas e as empresas se reinventem constantemente. Eventos inesperados, como crises econômicas, podem afetar drasticamente o sucesso de indivíduos e organizações. Até mesmo nossos valores e capacidades podem mudar ao longo do tempo, o que exige que adaptemos nossas estratégias. Rick Warren afirma "O maior inimigo do sucesso de amanhã é o sucesso de hoje."

É fundamental nos adaptarmos às constantes mudanças e nem sempre somos capazes de identificar os riscos, alternativas e possibilidades. Precisamos estar abertos a mudanças e dispostos a aprender novas habilidades, é preciso estar preparado para ajustar os planos de acordo com as circunstâncias, superar obstáculos e se recuperar de fracassos

A verdade é que o sucesso não é um destino, mas uma jornada. Exige esforço contínuo, adaptação e resiliência. Ao reconhecer a natureza transitória do sucesso, podemos viver uma vida mais leve, plena e significativa. A compreensão das novas realidades e a inovação são indispensáveis para sucesso a longo prazo.

Acima de tudo, é necessário entender que sucesso não é a coisa mais importante na vida. O padrão de sucesso estabelecida pelo establishment pode ser desastroso. Alguns homens de sucesso são um fracasso, alguns “fracassados”, podem, na verdade, serem bem-sucedidos, chegando na sua velhice sem arrependimentos ou mágoas. É necessário equilibrar a vida pessoal e profissional. A trajetória da vida é marcada por altos e baixos, mas o que conta, no final das contas, não é como você começa, mas como você termina. Eventos inesperados podem mudar completamente o curso das nossas vidas, e a natureza humana é marcada pela imperfeição e pela vulnerabilidade. Ninguém está imune a erros, fracassos e crises. É importante aproveitar cada momento, pois o futuro é incerto.

 

Censura e Liberdade de expressão

A conciliação entre a necessidade de controle na internet e a censura é um dos maiores desafios da era digital. Por um lado, a liberdade de expressão e o acesso à informação são direitos fundamentais, e a censura pode representar uma ameaça a esses direitos. Por outro lado, a internet também é palco de crimes, discursos de ódio, desinformação e outras atividades nocivas que precisam ser combatidas.

O desafio está em encontrar um equilíbrio entre esses dois polos opostos, garantindo a liberdade de expressão, mas também protegendo a sociedade de conteúdos prejudiciais. Algumas questões surgem quando nos propomos a tratar deste assunto:

Primeiro, quem determina o conteúdo a ser censurado? Hoje o STF se julga no direito de censurar as fake News, ou conteúdos que julgar agressivos politicamente. Antigamente a igreja tentava controlar as heresias e queimar os livros e as pessoas que não passavam pelo crivo teológico e pela ética imposta. Com o poder da censura as inquisições se tornaram um enorme instrumento de opressão e desatinos. Quem deve ser o censor? As plataformas digitais? Os Googlers? (termo informal usado pelos próprios funcionários da google para se referir a si mesmos). Você acha que militares, ideologias de esquerda e direita, funcionários de mídias, a serviço de governos despóticos, devem determinar o que é certo e o que é errado?

Por outro lado, seria correto não ter censura? Qualquer um pode publicar o que quiser? Sem censura o Youtube não se transformaria num site pornográfico? Como proteger crianças e adolescentes de conteúdos violentos, e discursos de ódio que incitam a violência? Como combater o racismo, pornografia infantil e sites que encorajam o suicídio? Como proteger e garantir a privacidade dos usuários e evitar a coleta e uso indevido de dados pessoais?

Se é necessário ter controle já imaginaram o poder da censura nas mãos de um grupo ideologizado como já é presente no Brasil e em todas as partes do mundo, sem restringir a liberdade de expressão? O efeito cascata da censura pode levar à criação de um ambiente de autocensura, onde as pessoas evitam expressar suas opiniões por medo de represálias e pode abrir as portas para a limitação da diversidade de ideias e opiniões na internet, prejudicando o debate democrático.

Não existe uma solução simples para esse problema. A busca por um equilíbrio entre liberdade de expressão e controle da internet é um desafio constante que exige debate aberto e democrático, envolvendo governos, empresas de tecnologia, sociedade civil e a academia. Provavelmente nunca teremos condições de dizer o que realmente é bom. Para todos os lados que olhamos surgem problemas. O desafio está diante de nós, já é uma realidade desafiadora e certamente será um dos grandes debates na discussão nos anos que virão.

 

 

Natal começou no coração de Deus.

 

Natal é um projeto de Deus. O nascimento de seu filho foi cuidadosamente preparado. Centenas de profecias sobre a vinda de Jesus foram dadas no Antigo Testamento. Uma delas surge na boca do profeta Miqueias, cerca de 600 a.C., e diz com precisão onde o Messias deveria nascer: “E tu, Belém, terra de Judá, de modo nenhum és a menor entre as capitais de Judá; porque de ti sairá o Guia que há de apascentar o meu povo de Israel.” (M 7.2) A outra é ainda mais específica, porque anuncia que o Messias nasceria de uma virgem. “Portanto o mesmo Senhor vos dará um sinal: Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, e chamará o seu nome Emanuel.” (Is 7.14).

O Apóstolo Paulo escreveu: "Vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para resgatar os que estavam sob a lei, a fim de que recebêssemos a adoção de filhos". (Gl 4.4) A plenitude dos tempos é é um conceito bíblico que se refere ao momento oportuno em que Deus age na história. É o momento em que o Espírito Santo plasma a natureza humana de Cristo no seio de Maria.

Deus enviou seu filho na hora específica que Ele mesmo determinou. Portanto, Natal é um projeto de Deus, nasce no seu coração, e se manifesta na história, tendo como personagens centrais gente simples como José e Maria, e coadjuvantes como os magos e os pastores ao redor de Belém, que tiveram a oportunidade de se encantar com os sinais de Deus e compreenderam corretamente tais sinais.

O sentido espiritual do Natal ocupa o coração da vida cristã. Natal tem sido contaminado pelo mercantilismo e consumismo, e é fácil reduzi-lo a festas com abundância de comida, bebida e troca de presentes. Precisamos resgatar o seu verdadeiro sentido.  Natal é muito mais do que isto. Trata-se da mensagem do amor de Deus pela humanidade.

“O Verbo se fez carne e habitou entre nós.” (Jo 1, 1) Com essas palavras, inaugura-se o tempo da graça e da salvação para a humanidade. No Verbo que se faz criança está a nossa esperança e resgate. Deus vem habitar entre nós. 

O Natal acontece nos corações que acolhem a salvação. A espiritualidade do Natal pode ser sintetizada na atitude dos magos:  Adoração, pois eles se prostraram diante do menino. Gratidão. “trouxeram-lhe presentes.” E obediência. “voltaram por outro caminho.” Quem se encontra com Jesus não pode mais andar pelas mesmas trilhas.

Desde o início, Jesus anuncia que o seu caminho é da humildade e da pequenez. Somente despidos de nossas vaidades, orgulhos, disputas por poder, ganâncias e ambições desmedidas seremos capazes de experimentar o verdadeiro Natal. 

Vivamos na fé e na alegria o Natal do Senhor. Preparemos nossos corações para viver este tempo de renascimento, esperança, paz e amor.