domingo, 25 de junho de 2017

O Perigo das boas intenções

Resultado de imagem para imagens boas intencoes
Muitos afirmam que o que importa são as boas intenções, isto é, se a atitude for intencionalmente boa, tudo está certo.

Será que tal afirmação é verdadeira?

Em seu livro sobre o mal, o pensador francês Michel Lacroix tem um capítulo justamente sobre “os fracassos da vontade do bem”. Ele faz uma pergunta angustiante, mas oportuna: “mesmo que queiramos o bem, teremos nós a possibilidade de o concretizar”? Lacroix vai além e questiona: “Será possível que, por uma espécie de maldição, a vontade do bem gere o próprio mal”?

Recentemente familiares da Maria Eduarda, uma menina de 13 anos que foi morta dentro da Escola Daniel Piza, no dia 30 de abril, durante confronto entre policiais e traficantes pediram ao governador do Rio o fim de incursões policiais na hora da aula, entre 6h e 18h, através de uma lei chamada Maria Eduarda, num raio de até 3 quilômetros de escolas.

Não é difícil entender a dor da família neste angustiante quadro, mas boas intenções não são suficientes para resolver o complexo problema da violência urbana. A entrada em vigor desta hipotética lei transformaria os entornos das escolas em verdadeiros espaços da bandidagem. Quando a polícia chegasse, eles correriam para perto do colégio!
Muitas boas intenções ficam vazias se não estiverem acompanhadas de atos que as transformem em realidade. A utopia econômica é uma delas. Muitos teóricos sem conhecimento de causa, fazem de planos mirabolantes a sua causa, sem considerarem as complexidades relacionadas ao assunto.
Embora muitos das boas intenções sejam realizadas pensando no que é melhor, é possível que o resultado final não seja o esperado. Muitas vezes tomamos decisões com base em sentimentos e, carregados de ingenuidade, pensamos que tudo é possível se for feito de coração. A realidade, porém nos revela que apesar das boas intenções, nossas ações impensadas podem causar muitos danos.

Boas intenções quando não acompanhadas de conhecimento, podem se tornar perigosas e prejudiciais. Muitos afirmam: “Basta ser sincero”, mas a “sinceridade errada” é um desastre. Muitas mães, sem o saber, causaram graves infecções e morte em seus filhos no interior de Minas Gerais, porque a cultura rural do leste daquele Estado afirmava que o umbigo da criança recém nascida cicatrizaria melhor se aplicasse “esterco de boi”. Estavam sinceramente errados.


Daí o conhecido ditado: “O inferno está cheio de boas intenções!” e o axioma jurídico: “A ignorância da lei não isenta o culpado”. 

terça-feira, 13 de junho de 2017

Sociedade “On-Demand”


Resultado de imagem para imagens sociedade on demand

Esta terminologia é relativamente nova na economia, sendo definido como uma atividade econômica criada por companhias de tecnologia que procuram atender as demandas do consumidor, dando imediata provisão de serviços de acordo com suas necessidades. Quem define o que a empresa fará não é o produto que ela se dispõe a oferecer, mas a necessidade que o cliente tem.
Para atender as demandas, companhias de ponta procuram de forma eficiente e intuitiva antecipar necessidades, criar e oferecer o produto que os clientes desejam. Isto exige sensibilidade, disposição em mudanças e inovação tecnológica. A economia On-Demand está revolucionado a estrutura social, apontando novas oportunidades de emprego e alterando a forma de existir como empresa, oferecendo conveniência e abordagens cognitivas.
O comportamento do consumidor está mudando, e é necessário estar atento sobre tais realidades. Num material que está circulando na mídia social podemos perceber isto: “O MP3 faliu as gravadoras; o NETFLIX, quebrou as locadoras; o GOOGLE faliu a Listel, Páginas Amarelas e as enciclopédias; o AIRBNB está complicando os hotéis; o WHATSUP está quebrando as operadoras de telefonia; o BOOKING complicou as agências de turismo; o UBER está falindo os taxistas...” A lista segue um longo caminho.
O que fazer diante de tais desafios? É necessário alinhar a visão oferecendo aos clientes maior conveniência, velocidade e simplicidade. Empresas pesadas, com estruturas e tecnologia arcaicas enfrentarão graves desafios de sobrevivência. Indústrias historicamente são lentas em inovar e a pressão aumentará sobre estruturas arcaicas. Sistemas governamentais, por não terem competidores, são os mais retrógados por razões observáveis: São  preguiçosos para pensar e lentos em agir. É possível ainda, em pleno Século XXI termos uma carteira de motorista com o formato tão retrógado e antiquado que ainda possuímos? A moderna democracia vai implodir modelos de parasitas políticos, num tempo muito mais rápido que imaginamos, trazendo enormes benefícios sociais e comunitários. A sociedade não suportará modelos tão arcaicos de aposentadoria, sistemas políticos, trabalhistas e de cargos e salários ineficazes por muito tempo. O mesmo se aplica a indústrias, empresas, instituições religiosas e de ensino.
É preciso arejar. A sociedade On-Demand, com seus riscos e possibilidades ajudará em muito esta nova forma de existir corporativamente.

Não gaste tempo com críticas

Resultado de imagem para imagens criticas
Mike Murdock, um oradores muito apreciado no Sul do Texas com seu programa de Televisão, “Escola de Sabedoria”, conta que certa vez assentou-se para responder a crítica mordaz de uma pessoa. Ele se esforçou para apagar as palavras e escrever novas frases, levou mais de uma hora de trabalho cansativo e cuidadoso para dar forma a uma resposta decente à carta, mas seu esforço parecia inútil, ele não conseguia responder de forma sábia. Finalmente começou a rir com um pensamento que lhe surgiu à mente. Ele percebeu que jamais tinha passado uma hora para escrever uma carta para sua própria mãe, a pessoa mais querida dele. Então, decidiu que era uma tolice gastar tanto tempo com uma crítica.

A verdade é que críticos são espectadores, não participantes.

Se pararmos para ouvir críticas, provavelmente perderemos tempo fundamental para investir em coisas mais produtivas. Geralmente os críticos são pessoas que se tornaram especialistas em julgar o trabalho dos outros, mas são incapazes de lutar pelos seus próprios objetivos. Quem está gastando sua energia em produtividade, normalmente não tem muito tempo para ficar julgando o que o outro está fazendo. Alguém disse: “A crítica é o gargarejo mortal de alguém que nada realizou”.

Para não estagnar, pare de se justificar o tempo todo, fuja de pessoas que se tornam especialistas em críticas. Tenho procurado pessoas que tenham respostas e soluções, não aquelas que trazem problemas e dificuldades.

É certo que precisamos ter lugar certo para apresentar os fatos e avaliar os atos. Existe hora e lugar para a troca de informações, para ouvir conselhos sábios e experiência de pessoas com mais sabedoria e expertise. Sugestões construtivas são sempre buscadas por pessoas bem sucedidas. Mas não podemos parar só porque sofremos uma crítica.

Diante de acusações sofridas, Jesus chegou ao ponto de permanecer em silêncio (Mt 26.63). Ele não se sentiu obrigado a dar resposta às criticas, ou ser agradável a pessoas que lhe armavam ciladas. Este foi um dos segredos de sua liderança. Ele era capaz de responder às pessoas que sofriam, gente marginalizada e desprezada, mas não gastava tempo com “pegadinhas filosóficas” e com “observadores fúteis”. Ele sabia que não tinha muito tempo para fazer as coisas, e precisava concentrar-se naquilo que era realmente importante.

Norman Vincent Peale afirmou: “Nunca reaja emocionalmente às críticas. Analise a si mesmo para determinar se elas são justificadas. Se forem, corrija-se. Caso contrário, continue vivendo normalmente”.

-->