Uma das cenas mais comuns de hoje
é de um grupo de amigos numa lanchonete, tendo cada um deles um celular e
enviando mensagens para pessoas que encontram-se do outro lado do mundo. Alguém
comentou que celular é uma forma de estar conectado com o mundo, mas não estar ligado
a ninguém.
Um empresário do ramo de saúde de
Anápolis foi a Goiânia para encontrar-se com o secretário de saúde do Estado, e
assim que chegou ao seu escritório não conseguia conversar porque o celular
tocava sem parar. Indiscretamente o empresário esperou o secretário terminar a
conversa e ligou para seu número, ao ser atendido, surpreso, ele disse: “Se
quiser, poderemos continuar conversando pelo celular”.
Numa recente reunião de
planejamento que estava coordenando, percebi que todas as quatro pessoas
estavam se comunicando pelo celular, e em tom de brincadeira perguntei se não seria
melhor se todos nós entrássemos num chat de conversas para começar a reunião.
Os meios de comunicação podem
distanciar casais, filhos e amigos. Não é surpreendente e até irônico pensar
que um “meio de comunicação”, se transforme numa “barreira para a comunicação?”
Todos vocês provavelmente já viram a fotografia de uma família na qual o
marido, esposa e filhos estão, cada um, plugados no seu mundo particular sem
qualquer contato com as pessoas que encontram-se ali na frente deles? Isto é
isolamento virtual.
Certo pai me reclamou que seu
filho não queria mais visitar os avós, depois de algum embate o filho confessou
que não queria ir porque não tinham wifi em casa.
Estatisticamente, há uma
quantidade imensa de adolescentes e jovens viciados em aplicativos e jogos, e
que estão se tornando dependentes virtuais, consumindo muitas horas diárias,
sem contato com o mundo externo nem dirigir palavra aos seus pais e familiares.
O isolamento virtual pode se tornar um caso médico, exigindo atenção dos pais. Eventualmente
pode gerar sérios problemas na comunicação de casais, acabando com o diálogo e o
casamento.
Outro fenômeno está acontecendo
em nossos dias. Pessoas de meia idade e idosos dependentes dos meios de comunicação.
Já viram aquele sessentão que fica todo tempo enviando mensagens pelo what´s up
e facebook? Parece que não fazem nada na vida, e enviam longos vídeos e fotos
cansativas para nosso telefone, perguntando se nós vimos? Se fosse abrir todas os vídeos que enviam nos
meus grupos familiares e de trabalho, não poderia fazer mais nada na vida...
Recentemente um adolescente
conversava com um amigo meu e disse em tom de desalento: “Estou saindo do
facebook”. Ele perguntou: “O que aconteceu?” E ele disse: “Minha vó entrou...”