quarta-feira, 4 de julho de 2012
Espiritualidade Vazia
Muitas vezes nos surpreendemos com bizarras atitudes e comportamentos religiosos vazios, mas que são tão aceitos pela sociedade, e ficamos nos perguntando como é que o homem sem Deus tem esta propensão para o misticismo, mas não para Deus. “É uma marca dos que perecem, não reconhecer as coisas que conduzem à salvação”.
Recentemente, lendo famosos sermões de grandes pregadores na história da igreja, me deparei com S. João Crisóstomo, um dos chamados “pais da igreja”, que recebeu a alcunha de “boca de ouro” pela sua eloqüência, sendo considerado o mais vibrante pregador depois da era apostólica, até os cinco primeiros séculos da igreja de Cristo. Ele nasceu em Antioquia (347-407), aceitou o evangelho pela influência de sua piedosa mãe, Anthusa, e foi ordenado sacerdote em 356, sendo posteriormente nomeado bispo. Ao lê-lo, apesar de tão distanciado no tempo, fiquei surpreso ao verificar como a sociedade de então, do ponto de vista espiritual, se parecia tanto com a atual.
“De fato, uma noite densa oprime todo mundo. Isto é o que devemos combater e confrontar. É noite não apenas entre heréticos e filósofos, mas também nas multidões ao nosso redor, em relação às doutrinas e à fé. Muitos não crêem na ressurreição; muitos firmam suas vidas em horóscopos e aderem a superstições, augúrios e presságios. Alguns se agarram a amuletos e penduricalhos místicos”.
O relato de Crisóstomo, no Séc. IV, é similar ao que presenciamos hoje. A nossa sociedade é mística e religiosa, mas ainda assim, pagã na sua essência, tola em suas crenças e convicções.
A Palavra de Deus nos diz que “O deus deste século, cegou o entendimento dos incrédulos” (2 Co 4.4). Veja que este “Deus” está em letra minúscula, referindo-se a forças espirituais, entidades e demônios, que conspiram contra o verdadeiro Deus, atraem os homens à crendice, afastando-os da iluminação espiritual que vem do Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo.
Esta é a essência da espiritualidade vazia. Os ídolos não satisfazem a alma. Os ídolos nos seduzem e atraem, nos afastam de Deus e nos enganam.
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