William Shakespeare afirmou:
“Nossas dúvidas nos traem e nos levam a perder o que, com frequência,
poderíamos ganhar, por simples medo de arriscar”. É impressionante o leque de
medo que podemos desenvolver: medo de morrer, medo de viver, medo de tentar, de
arriscar, de ficar pobre, de adoecer, de amar, medo de sair à rua, medo de
ficar em casa. A lista pode ser quase infinita.
O medo também pode ter diferentes níveis:
Muitas pessoas confundem medo, fobia e pânico, mas
não se trata da mesma coisa. Medo é uma reação instintiva do ser humano em uma
situação de perigo, enquanto o transtorno do pânico e as fobias embora tenham
sintomas semelhantes, se diferenciam pela intensidade, que pode incluir
sentimentos de ansiedade e ataques de pânico, impactando tremendamente os
relacionamentos, carreira e outras responsabilidades. Além disso, tanto as
fobias quanto a síndrome do pânico podem ser classificadas como Transtornos de
Ansiedade.
É importante considerar como o medo nos impacta?
Quando é apenas uma forma instintiva de proteção, o medo é um mecanismo automático e primitivo
de sobrevivência, e nos livra de perigos e ameaças, nos faz prudentes; A reação
instintiva de medo ocorre sempre que detectamos algum perigo, ou quando
confrontamos algo novo e desconhecido. Então surge o medo repentino, uma reação
conhecida como “lutar ou fugir”, no qual o corpo prepara-se para tomar uma
decisão imediata para sobreviver.
Quando o medo pode assume uma dimensão mórbida e
gigantesca torna-se paralisante, assumindo o controle de nossa vida. Desta
forma, não mais temos medo, mas o medo nos tem.
Certa quantidade de angústia passa a dominar nossa
existência, seja este medo irreal ou concreto. Em casos de fobia, o medo e o
perigo é exagerado ou imaginado. Os medos tornam-se motivo de preocupação quando
se tornam persistentes e interferem no seu cotidiano. Quando alcança este nível
de intensidade, ele é identificado como fobia, angústia extrema, a ponto de
impedir rotinas e atividades normais.
Confiança em Deus, apoio comunitário e da família,
podem nos ajudar a enfrentar nossos medos, mas quando ele ultrapassa a linha da
normalidade e começa a afetar significativamente nossa existência, precisamos
de apoio terapêutico e até mesmo psiquiátrico.
É certo ter medo, mas não é salutar permitir que o
medo nos tenha!