sexta-feira, 29 de março de 2019

Você tem medo ou o medo tem você?


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William Shakespeare afirmou: “Nossas dúvidas nos traem e nos levam a perder o que, com frequência, poderíamos ganhar, por simples medo de arriscar”. É impressionante o leque de medo que podemos desenvolver: medo de morrer, medo de viver, medo de tentar, de arriscar, de ficar pobre, de adoecer, de amar, medo de sair à rua, medo de ficar em casa. A lista pode ser quase infinita.

O medo também pode ter diferentes níveis:
Muitas pessoas confundem medo, fobia e pânico, mas não se trata da mesma coisa. Medo é uma reação instintiva do ser humano em uma situação de perigo, enquanto o transtorno do pânico e as fobias embora tenham sintomas semelhantes, se diferenciam pela intensidade, que pode incluir sentimentos de ansiedade e ataques de pânico, impactando tremendamente os relacionamentos, carreira e outras responsabilidades. Além disso, tanto as fobias quanto a síndrome do pânico podem ser classificadas como Transtornos de Ansiedade.

É importante considerar como o medo nos impacta?

Quando é apenas uma forma instintiva de proteção,  o medo é um mecanismo automático e primitivo de sobrevivência, e nos livra de perigos e ameaças, nos faz prudentes; A reação instintiva de medo ocorre sempre que detectamos algum perigo, ou quando confrontamos algo novo e desconhecido. Então surge o medo repentino, uma reação conhecida como “lutar ou fugir”, no qual o corpo prepara-se para tomar uma decisão imediata para sobreviver.

Quando o medo pode assume uma dimensão mórbida e gigantesca torna-se paralisante, assumindo o controle de nossa vida. Desta forma, não mais temos medo, mas o medo nos tem.

Certa quantidade de angústia passa a dominar nossa existência, seja este medo irreal ou concreto. Em casos de fobia, o medo e o perigo é exagerado ou imaginado. Os medos tornam-se motivo de preocupação quando se tornam persistentes e interferem no seu cotidiano. Quando alcança este nível de intensidade, ele é identificado como fobia, angústia extrema, a ponto de impedir rotinas e atividades normais.

Confiança em Deus, apoio comunitário e da família, podem nos ajudar a enfrentar nossos medos, mas quando ele ultrapassa a linha da normalidade e começa a afetar significativamente nossa existência, precisamos de apoio terapêutico e até mesmo psiquiátrico.

É certo ter medo, mas não é salutar permitir que o medo nos tenha!