quinta-feira, 12 de abril de 2018

Doenças do Brasil



Arnaldo Jabor, comentarista da CBN, é conhecido por seu sarcasmo e sua refinada ironia. Recentemente falou sobre algumas doenças que os brasileiros sofrem:

A primeira é a da apatia, do grupo resignado e que diz “não dá para fazer nada”;

A segunda, do cinismo, que olha para a situação toda de descalabro e descaso e diz “tem mais é que meter a mão, não vou respeitar mais nada, eles é que estão certos”;

A terceira, a indiferença, que afirma: “nem ligo mais para as coisas que estão acontecendo, na verdade nem quero saber de ouvir as notícias”;

A quarta é do ódio, pessoas que se tornam reativas e respondem à situação com raiva, “tem mais é que matar estes canalhas, colocar todos num paredão e exterminá-los!”,

A quinta, do radicalismo, são os kamikazes, suicidas vivos que dizem: “ainda bem que vou morrer um dia e para de ver estes canalhas em ação”, ou de atitudes radicais: “Fecha o Congresso! A ditadura tem de voltar!”

É natural que o excessivo contato com bactérias e fungos da corrupção e a exposição constante à radioatividade do mau humor e do cinismo dos poderes constituídos no Brasil, quebrem o sistema de imunidade do corpo e o levem a se tornar vulnerável e frágil, expostos às mazelas e enfermidades que circulam pelo intoxicado ar da combalida democracia brasileira. Em situações assim, precisamos de um bom sistema de proteção e bons antídotos que nos protejam.

Creio que um episódio da história mundial, pode nos inspirar. A operação Dínamo, evacuação militar que se deu em Dunkirk, na França, entre os dias 26 de maio e 4 de junho de 1940, entrou para a História como um dos momentos mais dramáticos da Segunda Guerra Mundial. As tropas britânicas que se encontravam naquela região da França empurradas pelos nazistas e chegaram a uma estreita faixa de área do Canal da Mancha. A situação dos 330 mil soldados se tornou desesperadora, a não ser que os britânicos enviassem embarcações para resgatá-los, e então aconteceu o inesperado. A Marinha Britânica convocou os civis a cruzarem o Canal e participarem da evacuação dos soldados. Incrivelmente, entre 800 e 1,2 mil embarcações, entre barcos pesqueiros, iates, se apresentaram para ajudar no resgate. E, no final, graças às incontáveis idas e vidas das pequenas embarcações civis cerca de 338 mil soldados foram salvos.

Nesta ocasião, Winston Churchil fez um dos mais importantes discursos da história: “... Nós não devemos enfraquecer ou fracassar. Iremos até ao fim... nunca nos renderemos”. Grandes crises são oportunidade de mudanças significativas. Homens fortes são forjados na luta e nos tempos de dificuldade, grandes estadistas e cidadãos surgem em períodos de derrocada e fracasso.

sexta-feira, 6 de abril de 2018

O que pode sustentar um casamento em crise?

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Muitos casamentos estão lutando com dificuldade para se manter em pé. As taxas de divórcio são cada vez maiores e o nível de frustração no casamento é perceptível, dando a impressão de que o casamento, enquanto instituição, está falido. Em 1970, 89% do nascimento das crianças se davam em famílias de pais casados, hoje esse número caiu para 60%.
Deixe-me tentar fazer um contraponto, citando outras pesquisas:
Apesar da percepção negativa do casamento, 62% dos casados se consideram felizes ou “muito felizes”, e estudos longitudinais comprovam que 2\3 dos casamentos infelizes se tornarão uniões felizes num período de cinco anos se os cônjuges persistirem não se divorciando (Lynda Waite: Does divorce make people happy?).
Outra pesquisa mostra ainda que os casados apresentam índices mais elevados de satisfação com a vida que os solteiros e os divorciados, e que filhos que crescem numa família na qual os pais são casados e estão presentes, tem experiência de vida 2 a 3 vezes mais positivas que lares desfeitos (W. Bradford Wilcox, The State of our unions, pg 84).
Considerando estes dados, quero sugerir cinco fatores que ajudam pessoas a manterem seus relacionamentos quando passam por crises:
Valores – Estes valores podem ser familiares, religiosos, culturais, espirituais, mas que contribuem diretamente para lutar pela manutenção da casa. Muitos casais ainda continuam juntos porque creem na indissolubilidade do casamento, possuem tradições e convicções claras de família ou religião e estão tentando encontrar uma solução para a amargura e indiferença no relacionamento. Creio que este é o fator principal, entre todos.
Memórias – Outros casamentos sobrevivem por causa do histórico construído a dois. São memórias de paixões, de conversas, viagens, fotografias. Então, ao avaliar tudo o que aconteceu o casal decide lutar e perseverar, a despeito da crise que está enfrentando.
História – Um casamento não se constrói no vácuo, mas possui histórias, vínculos, planos, investimentos, projetos. Sonhos foram compartilhados e executados conjuntamente. Não é fácil simplesmente pegar a história que se construiu numa parceria e jogá-la na lata de lixo. Isto dá fôlego para superar embates temporários.
Família – Raramente há um casamento no qual a família não teve envolvimento. Ao casar trazemos cultura familiar, dramas, genealogia e condicionamentos históricos. Ganhamos “novos pais”, ou criamos “novos desafetos”. Toda família tem um tio maluco, mas também um primo “gente boa”. Isto sem falar nos filhos, que se tornam um elo poderosíssimo. Muitos casais sobrevivem por causa deles.
Business: Embora este me pareça o vínculo mais frágil, não deve ser desconsiderado. O divórcio sempre traz perdas no estilo e qualidade de vida, e casais podem se tornar mais resilientes e perdoadores quando pensam em todo desgaste que o aspecto econômico pode trazer.


Nenhum destes fatores, são fortes o suficiente para impedir a ruína de um casamento, mas ao considerá-los, certamente, podemos encontrar disposições melhores para ainda acreditar que um novo capítulo, marcado pelo perdão e novas atitudes, poderão sustentar a trajetória de um homem com uma mulher.  

terça-feira, 3 de abril de 2018

Páscoa: Ele Ressuscitou Mesmo!

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A celebração da Páscoa possui dois componentes fundamentais: A Morte e a ressurreição de Cristo. A Páscoa tem um elemento absolutamente dispensável, o coelho; e outro profundamente essencial: O Cordeiro.

A morte de Cristo precisava ser real. Jesus morreu, seus amigos o sepultaram, sua mãe voltou em luto para casa, seus discípulos se dispersaram com frustração, desencanto e tristeza. As mulheres que chegam ao túmulo no domingo não esperavam encontrar alguém vivo, e por isto levavam unguentos e especiarias para derramar sobre o corpo envolvido por lenços. Se ele foi sepultado é porque realmente morreu. Ele disse aos discípulos que “era necessário morrer”, para surpresa e escândalo de alguns como Pedro que estavam interessados não na sua morte, mas no seu sucesso messiânico. A morte é a base da fé cristã. Cristo morreu pelos nossos pecados. Nossos pecados foram resgatados pelo preço de sangue. “Aquele que não conheceu pecado, Deus o fez pecado por nós, para que nele fossemos feitos justiça de Deus”.

Da mesma forma, sua ressurreição de fato aconteceu. Sua ressurreição dá significado a esta sequência de eventos. Se ele reviveu depois de morrer, alguma nova ordem de vida deve ter começado. Muitas testemunhas o viram vivo, em várias circunstâncias, em ambientes fechados ou espaços abertos, ele não era um fantasma, podia ser tocado. José de Arimateia, um aristocrata judeu, o leva para o túmulo de sua família, mas no domingo, aquele lugar é encontrado vazio.

“A ressurreição de Jesus não é uma experiência espiritual e sentimental, com borboletas, coelhinhos e flores da primavera. Não é um cumprimento imaginário de um desejo antigo mas suprimido; não é uma técnica literária de ficção simbolizando um novo começo psicológico. É um evento histórico que ocorreu neste universo criado e que abriu uma porta de dimensões de vida e realidade que nem podemos imaginar” Edward Fudge.

Em todos os textos cristãos mais antigos contidos na Bíblia, a ressurreição de Jesus se destaca como a pedra fundamental, da qual e pela qual tudo que é importante é compreendido. Sua ressurreição transforma os tímidos discípulos em ousadas testemunhas. Eles morreram pela convicção de que “Jesus ressuscitou!”



E quanto ao Coelho? Bem, ele não tem nada ver com esta história. 

É papagaio de pirata! 

Procura roubar a cena e a mensagem que pertence ao Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!