Os seres humanos são mestres na arte de atalhos. Os caminhos que conduzem à vida, à dignidade e à moral, nem sempre são apreciados. Por isto Jesus afirmou que “larga é a porta que conduz à perdição, e são muitos os que entram por ela”. Andar por trilhas escorregadias do caráter manchado, da falsa honradez parecem ser mais fáceis que no caminho da justiça e retidão, por isto temos a tendência de fazer caminhos mais rápidos sem considerar seus efeitos.
O pragmatismo, comodismo, senso de urgência, hedonismo, a dificuldade de aguardar processos da vida que muitas vezes são demorados embora justos, são fortes atrativos para façamos as coisas de forma mais rápida, pelas vias da iniqüidade. Poucos tem interesse em plantar árvores que levam anos para se formar – é mais fácil plantar eucaliptos.
A advertência das Escrituras Sagradas, portanto, surge em hora oportuna. “Ninguém fortalece sua vida com iniqüidade” (Ez 7.13). O mal, por sua natureza é destrutivo. Ainda que surja em roupagens atraentes e com coloridos destaques. A vida construída sobre o mal torna-se uma armadilha contra aquele que a prática. O livro de Provérbios, um dos textos de sabedoria da Bíblia afirma que o ímpio “nem sabe em que tropeça”.
Não tente se iludir praticando o mal. Jesus advertiu que todos que lançam mão da espada, pela espada morrerão. Espada aqui pode ser aplicada em muitos sentidos, mas a idéia é sempre destrutiva. A espada fere, mas o que usa dela, também sofre feridas.
Ações iníquas abrem a possibilidade do mal, para que ele se torne seqüencial: Fere a sociedade, a família, pessoas, com desdobramentos históricos que atingem filhos e netos. O mal tem este efeito cascata.
Senaqueribe foi um poderoso comandante do exército da temida Assíria. Quando chegou a Jerusalém para conquistá-la, tinha por certo sua vitória, e por isto desafiou a Deus de forma arrogante. Por um incidente histórico teve que abandonar a empreitada desta conquista pelo meio, porque o Egito se levantou contra seu povo. Às pressas volta para casa, para estabelecer um novo plano de guerra e ao chegar à Babilônia, entra no templo de seu deus pagão, Nisroque, e ali, na cerimônia religiosa, seus próprios filhos o matam à traição.
Amnom estuprou sua irmã Tamar por causa de uma tresloucada paixão. Dois anos depois foi friamente assassinado pelo seu outro irmão, Absalão, que passou a odiá-lo por ter agido desta forma.
Os exemplos podem ser multiplicados nos relatos bíblicos e na história da humanidade. Tentar construir sua vida com a iniqüidade é péssima opção. Por isto as Escrituras Sagradas nos advertem: “Ninguém fortalece sua vida com iniqüidade” (Ez 7.13).
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
“Vê o teu rasto no vale!”
Jr 2.23
Os capítulos iniciais de Jeremias são uma espécie de desabafo de Deus com a atitude de seu povo. Deus esperava gratidão, veio murmuração; afeto, veio o descaso. O povo declarava que “amava os estranhos” (Jr 2.25). A nação eleita por Deus achava que seria livre se o abandonasse (Jr 2.31). Os sacerdotes não queriam saber de Deus (Jr 2.8) e os profetas profetizavam da parte de espíritos malignos (Jr 2.8).
Neste cenário, Deus convida o povo a olhar pelo retrovisor de sua vida e observar as marcas que estavam deixando na sua história. “Vê o teu rasto no vale!” (Jr 2.23). Deus convida o povo a olhar seus tortuosos caminhos.
Quais são as marcas que estamos deixando? Que legado e herança estão sendo construídos na nossa caminhada? Quando chegarmos ao fim de nossa história, como será que os biógrafos falarão de nós? Como nossos netos nos avaliarão?
Kierkegaard afirma que “a vida não analisada não é digna de ser vivida”. Paulo afirma que a vida distante de Deus escraviza, e assim, convida os irmãos de Roma a avaliarem os frutos colhidos durante os anos de pecado vividos longe de Deus. “Naquele tempo, que resultados colhestes? Somente as coisas de que, agora, vos envergonhais, porque o fim delas é a morte” (Rm 6.21).
A colheita de nossa vida de afastamento de Deus, é, antes de mais nada, vergonha, e, em segundo lugar, decadência e morte. Deus nos convida a olhar nosso rasto no vale. Que colheita e que marcas temos deixado nos caminhos por onde passamos. Nas estradas percorridas, quais os sinais que estão ficando? Você tem vergonha e tristeza pelos rastos deixados ou alegria e gratidão em ver seus sinais para aqueles que estão chegando depois de você?
“Vê o teu rasto no vale!”
Os capítulos iniciais de Jeremias são uma espécie de desabafo de Deus com a atitude de seu povo. Deus esperava gratidão, veio murmuração; afeto, veio o descaso. O povo declarava que “amava os estranhos” (Jr 2.25). A nação eleita por Deus achava que seria livre se o abandonasse (Jr 2.31). Os sacerdotes não queriam saber de Deus (Jr 2.8) e os profetas profetizavam da parte de espíritos malignos (Jr 2.8).
Neste cenário, Deus convida o povo a olhar pelo retrovisor de sua vida e observar as marcas que estavam deixando na sua história. “Vê o teu rasto no vale!” (Jr 2.23). Deus convida o povo a olhar seus tortuosos caminhos.
Quais são as marcas que estamos deixando? Que legado e herança estão sendo construídos na nossa caminhada? Quando chegarmos ao fim de nossa história, como será que os biógrafos falarão de nós? Como nossos netos nos avaliarão?
Kierkegaard afirma que “a vida não analisada não é digna de ser vivida”. Paulo afirma que a vida distante de Deus escraviza, e assim, convida os irmãos de Roma a avaliarem os frutos colhidos durante os anos de pecado vividos longe de Deus. “Naquele tempo, que resultados colhestes? Somente as coisas de que, agora, vos envergonhais, porque o fim delas é a morte” (Rm 6.21).
A colheita de nossa vida de afastamento de Deus, é, antes de mais nada, vergonha, e, em segundo lugar, decadência e morte. Deus nos convida a olhar nosso rasto no vale. Que colheita e que marcas temos deixado nos caminhos por onde passamos. Nas estradas percorridas, quais os sinais que estão ficando? Você tem vergonha e tristeza pelos rastos deixados ou alegria e gratidão em ver seus sinais para aqueles que estão chegando depois de você?
“Vê o teu rasto no vale!”
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