O fato de tal doutrina hoje ser considerada semi-herética, possui um pano de fundo histórico.
No Século XVI, quase simultâneo à Reforma, surgiu um grupo radical, os anabatistas, que foi considerado herético por causa de suas estranhas posições especialmente quanto ao batismo: Exigiam que seus seguidores se rebatizassem ao se filiar ao seu grupo, e rejeitavam veemente o batismo de crianças. Por causa de suas posições, foram duramente perseguidos, alguns indo parar na fogueira por sua excentricidade doutrinária, mas como sempre acontece na história, mártires são facilmente considerado heróis e comumente o herege não é o que vai para a fogueira, mas aquele que é o algoz.
Com a popularização do Pentecostalismo que eclodiu na Azuza St, em Los Angeles, em 1907 e o seu vertiginosos crescimento e, tendo tais movimentos adotado princípios anabatistas, o que era herege tornou-se o padrão, e o que se convencionava correto, hoje beira à apostasia. A história tem o poder da ironia.
Contudo, vale a pena considerar a grande promessa abrâmica que se estende à igreja de Cristo, que considera a família do povo de Deus parte de um pacto muito mais amplo, que se estende às gerações. “Estabelecerei a minha aliança entre mim e ti e a tua descendência no decurso de suas gerações, aliança perpétua para ser o teu Deus e da tua descendência” (Gn 17.7). Nossos filhos são incluídos no pacto que nos foi dado. Eles são inseridos nesta mesma aliança. Entendendo isto Paulo faz a seguinte análise hermenêutica. “Doutra sorte, os vossos filhos seriam impuros, porém, agora, são santos”. (1 Co 7.14).
Não podemos desconsiderar as implicações da grande responsabilidade e promessa que tal doutrina traz as nossas famílias.
Anápolis 15.01.03
Chácara do Billy Fanstone e Jussara – 72 graus F
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