segunda-feira, 27 de junho de 2011

Jesus ameaça mais que Barrabás!

Peter Marshal, Capelão do Congresso americano por várias décadas, homem de grande cultura e piedade, no seu sermão “Cristãos de auditório”, coloca uma pergunta no coração de Barrabás: “Por que Jesus representa uma ameaça maior à sociedade do que eu, que sou um assassino?”
Tentando responder a estas perguntas:
1. Jesus ameaça os líderes inescrupulosos – O Sistema religioso está representado em Mt 26.47. Neste texto lemos que estavam reunidos os principais sacerdotes e os anciãos, portanto, ali estavam os padres e pastores de então. Em Mt 26.57 vemos que estavam reunidos também Caifás, (uma espécie de Bispo), com os escribas (estudiosos e amanuenses da Bíblia) e os fariseus (os religiosos seculares, que eram da ala mais tradicional). Em Mt 26.59 lemos novamente que estavam juntos os principais sacerdotes e todo o Sinédrio. (representantes do Presbitério ou Sínodo do Judaísmo). Por que estas pessoas estão tão ansiosas pela execução de Jesus?
Certamente Jesus incomoda a religiosidade manipulativa e cheirando a mofo, estruturas infiéis, sustentadas por pessoas infiéis, que são marcadas por uma conspiração velada contra o próprio Deus, apesar de se acharem representantes de Deus.

2. Jesus ameaça os políticos inescrupulosos – Ele é colocado diante de Herodes e Pilatos, governadores biônicos que representavam um regime de opressão e exploração. A pergunta que fazem refletem bem seu temor político: “És tu o rei dos judeus?”. Naturalmente Pilatos fica assustado quando Jesus responde: “Tu o dizes!”. Jesus, cujo ministério era voltado para a dor humana, de repente se vê ameaçando César. Políticos amam ser bajulados por religiosos que reforçam estruturas de dominação, mas se sentem ameaçados quando o bem surge de forma tão natural quanto na pessoa de Jesus de Nazaré. O Bem se torna ameaçador e conspirador.

3. Jesus ameaça uma sociedade que gosta de transformar vidas em espetáculos de tragédia – Na crucificação de Cristo, vemos o povo, objeto de manobra e sentimento de massa. É assim que manobras políticas são feitas para grandes passeatas que nada tem de nobre, com causas ainda mais indignas: Marcha pela descriminilização da maconha, causa gay, e recentemente em Brasília, com cerca de 1000 participantes, a Marcha das Vagabundas. Não se trata de marcha a favor da vida, da família, da natureza ou valores éticos. Que grandes bandeiras esta geração tem levantado... Que grandes causas estamos defendendo... Que Deus tenha misericórdia de nós!

Jesus é uma ameaça para todas estas coisas...

Boletim da Igreja Presbiteriana Central de Anapolis
Domingo, 26 de Junho 2011

quarta-feira, 22 de junho de 2011

O Deus que trabalha por nós

Em Is 64.4 temos uma promessa maravilhosa: “Porque desde a antiguidade não se ouviu, nem com os ouvidos se percebeu, nem com os olhos se viu Deus além de ti, que trabalha para aquele que nele espera”. Que afirmação!
Raramente pensamos nesta dimensão da obra de Deus. O texto nos ensina que Deus trabalha a nosso favor. Este é o outro lado da moeda. O Deus da Bíblia é pessoal, relacional e preocupado conosco. Não é o Deus grego ou do panteão romano, nem o Deus das entidades e do animismo, para o qual as pessoas fazem enormes sacrifícios para aplacá-los. O Deus grego era descrito como alguém temperamental, que facilmente mudava o humor. O Deus das religiões pagãs do Brasil é duro, que cobra oferendas para ser favorável e que pune o adorador quando este não cumpre todas as exigências. O Deus da Bíblia é um Deus doador. Ele trabalha para aqueles que nEle esperam.
Durante este dia, Deus esteve trabalhando a seu favor. Por isto o Salmista afirma: “Não fosse o Senhor que esteve ao nosso lado, quando os homens se levantaram contra nós, Israel que o diga; e nos teriam engolido vivos” (Sl 124). Jeremias se lembra que “As misericórdias do Senhor, renovam-se cada manhã” (Lm 3.23-24). Deus, nesta manhã, renovou sua graça e misericórdia a nosso favor. Hoje ele já trabalhou por nós!
Por isto o louvamos e agradecemos. Não há nada que Deus possa querer de nós que já não possua. O que posso dar-lhe em reconhecimento pelo seu grande amor? O que Deus precisa de mim, que eu lhe possa dar para que Ele seja um Deus mais completo do que já é? Nada. Não há qualquer coisa que acrescente santidade ao Deus santo, ou poder à sua majestade. Em resposta ao seu amor, damos nosso coração, nossa vida, louvores e adoração (Hb 13.15).

terça-feira, 21 de junho de 2011

O Deus que trabalha por nós

Em Is 64.4 temos uma promessa maravilhosa: “Porque desde a antiguidade não se ouviu, nem com os ouvidos se percebeu, nem com os olhos se viu Deus além de ti, que trabalha para aquele que nele espera”. Que afirmação!
Raramente pensamos nesta dimensão da obra de Deus. O texto nos ensina que Deus trabalha a nosso favor. Este é o outro lado da moeda. O Deus da Bíblia é pessoal, relacional e preocupado conosco. Não é o Deus grego ou do panteão romano, nem o Deus das entidades e do animismo, para o qual as pessoas fazem enormes sacrifícios para aplacá-los. O Deus grego era descrito como alguém temperamental, que facilmente mudava o humor. O Deus das religiões pagãs do Brasil é duro, que cobra oferendas para ser favorável e que pune o adorador quando este não cumpre todas as exigências. O Deus da Bíblia é um Deus doador. Ele trabalha para aqueles que nEle esperam.
Durante este dia, Deus esteve trabalhando a seu favor. Por isto o Salmista afirma: “Não fosse o Senhor que esteve ao nosso lado, quando os homens se levantaram contra nós, Israel que o diga; e nos teriam engolido vivos” (Sl 124). Jeremias se lembra que “As misericórdias do Senhor, renovam-se cada manhã” (Lm 3.23-24). Deus, nesta manhã, renovou sua graça e misericórdia a nosso favor. Hoje ele já trabalhou por nós!
Por isto o louvamos e agradecemos. Não há nada que Deus possa querer de nós que já não possua. O que posso dar-lhe em reconhecimento pelo seu grande amor? O que Deus precisa de mim, que eu lhe possa dar para que Ele seja um Deus mais completo do que já é? Nada. Não há qualquer coisa que acrescente santidade ao Deus santo, ou poder à sua majestade. Em resposta ao seu amor, damos nosso coração, nossa vida, louvores e adoração (Hb 13.15).

“Se quiseres, podes purificar-me”

“Se quiseres, podes purificar-me”
Mc 1.40

Sempre me impressiono com a objetividade e simplicidade do Evangelho. Este texto nos afirma: “Um homem afligido com lepra, se aproximou de Jesus e lhe suplicou de joelhos: “Se você desejar, pode me purificar!”. Tocado pela compaixão, Jesus estendeu a mão, tocou nele e disse: “Eu quero, seja purificado!”. Instantaneamente a lepra o deixou, e ele foi purificado”. Simples assim.
O Deus que se revela em Jesus, nos mostra esta capacidade de lidar diretamente com orações e súplicas objetivas. Certa vez Jesus deu uma resposta estranha ao clamor de um cego: “Queres ser curado?”. Ora, porque Jesus pergunta a este homem se ele quer ser curado? Não parece óbvio demais?
E a resposta a isto pode ser dada da seguinte forma: “Claro que não!”. Infelizmente muitas vezes gostamos de usar nossa doença para estranhos fins. Há pessoas que gostam da depressão, porque através dela manipulam os outros; existem alguns que gostam de tomar remédio, a hipocondria preenche um patológico anseio de ser visto, de gerar dó nos outros. Muitas vezes não queremos romper com nossa miséria, porque ela é doentiamente usada por nós.
Mas quando nos aproximamos com sincero coração e objetivamente diante de Deus dizendo: “Se quiseres, podes purificar-me!”, vamos encontrar em Jesus sua amorável resposta: “Eu quero!”.
Milagres nas Escrituras tem uma característica interessante: Deus quer restaurar a nossa normalidade. Coxos são curados: O andar manco, trôpego, indeciso é restaurado pelo toque de Cristo. Cegos vêem: A visão confusa ou mesmo a ausência de luminosidade pode ser restaurada pelo toque de Cristo. Paralíticos andam: Gente em constante dependência, depende e precisa ser carregado por outros, mas em Cristo é capaz de se movimentar com suas próprias pernas. Surdos ouvem: Aqueles que perderam a capacidade de ouvir o que pode libertá-la, cujos ouvidos são incapacidades de aprender, de julgar e agir, agora são abertos pelo toque miraculoso de Cristo. Mortos ressuscitam: Pessoas que já não conseguem ter vida, que andam como mortos-vivos, são restaurados pelo encontro com Cristo. Todos nós, de certa forma, tortos, impotentes, cegos, coxos, nus, podemos ter nossa vida restaurada, quando dizemos a Deus que queremos ser curados e ouvimos sua palavra de autoridade dizendo: “Eu quero: seja purificado!”.
E você? Quer ser purificado? Por que você não diz a Jesus, de forma objetiva e simples o que você precisa?

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Desafios da Igreja no Século XXI –

O Salmo 78 nos propõe o grande desafio de levar nossa fé adiante, fazendo-a chegar de forma relevante aos filhos, aos filhos dos filhos e aos filhos que ainda hão de nascer. A pergunta, pois, que precisamos levantar é quão viva nossa fé tem sido transmitida? Assim como numa corrida de 4 x 100 (revezamento), é necessário passar o bastão da forma correta, temos também na igreja, de transmitir esta mensagem aos nossos filhos. Eis algumas linguagens que nos desafiam hoje para uma igreja relevante:

1. Nossa fé deve ser comunicada de forma coerente – Nossos filhos precisam ver tanto na liderança de suas igrejas como na família, uma fé que seja atraente. Esta geração não aceita imposições formais em nome da moral, mas é pronta a ouvir aquilo que é feito de forma coerente e plausível. Mais e mais exigirá uma comunidade que responda às questões, não de forma autoritária, mas de forma coerente. Coerência é esta identificação entre o discurso e a prática; entre o que se fala e o que se vive; entre a palavra e a ação, entre fé e obras.

2. Nossa fé deve ser contextualizada. Isto é, precisa estar conectada com o momento particular que vive. Nossos jovens são desafiados com temas e questões que nunca foram preocupações em nossa geração. Nós estávamos preocupados com comunismo, bomba atômica, guerra fria, conflito entre Estados Unidos e União Soviética. A União Soviética nem existe mais! As discussões da ABU, em nosso tempo, era sobre criacionismo e evolucionismo. As gerações atuais estão discutindo tolerância, homofobia, validade do casamento enquanto instituição. Nós nos preocupávamos com lutas doutrinárias entre denominações, temas estes que não afetam mais esta geração. Surgiram novos conflitos como bioética, igreja emergente, redes virtuais (não tínhamos ainda internet). Novos paradigmas foram introduzidos, outros questionamentos pairam no coração de nossos filhos. Existem novas abordagens eclesiais e há necessidade de se considerar necessidade de mudança de ênfase e a criatividade no ministério. Se a igreja deseja ser relevante em nossos dias, precisa interpretar o Evangelho à luz dos eventos cotidianos;

3. A igreja do Século XXI precisa investir em nova liderança – isto é, precisa reciclar os líderes existentes, desafiar pessoas novas a assumir seu lugar no Reino. Como encontrar gente que ama a Deus e sua Palavra em nossos dias e consegue traduzir “A Velha história do Evangelho”, de forma significativa? Nossos filhos, jovens universitários e profissionais, homens e mulheres precisam interpretar o Evangelho à luz dos desafios que eles mesmos estão vivendo.

4. A igreja do Século XXI, precisa ser acolhedora – Numa época de despersonalização e coisificação do ser humano, a receptividade da igreja, o acolhimento aos que chegam e a vida comunitária tornam-se extremamente relevantes. O que vai determinar a dinâmica da igreja, mais e mais, é o envolvimento comunitário e a capacidade de acolhimento. A recepção aos novos, a criação de grupos saudáveis de estudo da Palavra e comunhão torna-se um imperativo! Como ser acolhedora e amável, sem abandonar as verdades do Evangelho e a Santidade do Deus que adoramos?

5. A igreja do Século XXI, precisa ser generosa – Não pode ser uma comunidade voltada para apenas para seus próprios interesses, mas precisa refletir sobre a sociedade carente, dar resposta de amor/serviço, criar parcerias para abençoar os pobres e os que sofrem em nossa nação. Os membros da igreja precisam aprender a contribuir com alegria para a obra do Senhor, a fim de que a missão possa ser plenamente atingida.

6. A Igreja do Século XXI, não pode negociar os fundamentos do Evangelho – Pode-se e deve-se discutir a metodologia. Métodos são caminhos, rotas que devem ser trilhadas, mas continuam sendo apenas meios para se alcançar o fim. A Igreja tem sido objeto de barganha no meio da diluição da pregação da palavra nos púlpitos brasileiros e nos canais de televisão, mas apenas a obra de Cristo pode responder aos anseios do homem moderno. Muda-se a roupagem, mas a essência é a mesma. Não podemos confundir eterno com temporal, nem acidente com essência. “Se alguém vem até vós e vos anuncia outro evangelho que vai além do Evangelho que vos tenho pregado, seja anátema!” (Gl 1.8)

Que Deus nos dê sua graça para que a Igreja de Cristo, que transpõe barreiras culturais e lingüísticas, atravesse com saúde as questões filosóficas e humanas que nos são atualmente impostas.